Mundial de SuperEnduro – João Lourenço: “Vou tentar obter o acesso às Finais”
Campeonato em franca expansão, o Mundial de SuperEnduro terá na temporada 2016/2017 a presença de dois pilotos portugueses – João Lourenço e Diogo Vieira – que vão participar na categoria Prestige, a principal desta competição. Ambos irão tentar um lugar ao sol e repetir as pisadas de Luís Oliveira, que na época passada sagrou-se vice-campeão do Mundo Júnior.
Com a época a começar dentro de pouco mais de 15 dias com a realização do GP da Polónia, o MotoSport esteve à conversa com João Lourenço. O piloto da Sherco, que habitualmente compete no Nacional de Enduro e SuperEnduro, explicou que a possibilidade de realizar o Mundial surgiu depois de “reunir todas as condições, onde se incluem os patrocinadores e um bom feedback por parte da Sherco. É um campeonato que não é muito caro, pois os quatro Grandes Prémios realizam-se todos na Europa. Tendo em conta tudo isto decidi partir rumo à aventura”. Aventura essa que será realizada em conjunto com Diogo Vieira e mais um amigo comum numa simples carrinha, que terá paragens na Polónia, Alemanha, País Basco e França.
Em cada Grande Prémio, João Lourenço será obrigado a realizar as qualificações e a obter o respetivo apuramento para as três mangas finais, onde poderá competir com nomes como o consagrado Taddy Blazusiak ou o atual campeão do Mundo, Colton Haaker. “O meu objetivo é participar, dar sempre o melhor, e tentar a qualificação para as três mangas finais. Em termos de resultados não aponto para nada, pois nunca realizei uma prova internacional ao lado dos pilotos de topo. Neste momento não sei qual é a diferença de andamento”.
Terceiro classificado no Nacional de SuperEnduro, mas também com bons resultados no enduro bem como no todo-o-terreno, o piloto português explicou que neste momento o SuperEnduro é a sua “verdadeira paixão”. “Adoro fazer esta modalidade. Tudo pode acontecer e a adrenalina que envolve estas corridas é imensa. É preciso andar muito bem. Podemos estar a rodar em primeiro, mas uma queda pode deitar tudo a perder. O ano passado no último Grande Prémio da época quatro pilotos podiam ser campeões do Mundo. Acho que só isso diz tudo sobre esta modalidade. A competitividade é extraordinária apesar de ser uma disciplina muito exigente em termos físicos e que requer muita técnica”.
Modalidade ainda com poucos praticantes em Portugal, o piloto da Sherco referiu que no nosso país é “muito complicado treinar porque são precisas pistas. Felizmente já estou a tratar com a Câmara Municipal de Vila do Bispo sobre a construção de três pistas para que possa treinar”.
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