Dakar 2019, 4ª Etapa: Como se portaram os portugueses?

By on 10 Janeiro, 2019

Nesta 4ª etapa do Dakar 2019, com a mais longa extensão cronometrada do rally – 401km, e ainda para mais sendo a primeira parte duma etapa maratona, os nossos representantes nacionais sofreram como só os bravos conseguem.

Terminado o sector cronometrado, os pilotos chegaram ao bivouac para, eles próprios fazerem as reparações e a manutenção das suas motos. Sendo esta uma etapa maratona, o que a distingue das outras é precisamente o facto de que não há assistências externas às motos. Não há camiões de assistência, nem mecânicos, hoje é tudo por conta destes corajosos pilotos que não se negam ao esforço máximo. Depois de tratarem das motos, terão que se dedicar a marcar o road book, com as cores a assinalar os principais perigos e obstáculos,  e só então poderão pensar nuns breves minutos de sono… e é para quem quer, pois ninguém é obrigado a vir ao Dakar…

Mas hoje os heróis da jornada foram Paulo Gonçalves, e os estreantes Sebastian Buhler e Antonio Maio que conseguiram melhorar a sua posição na geral. Joaquim Rodrigues manteve a sua classificação, e os restantes perderam posições.

Paulo Gonçalves tem imposto uma toada relativamente calma e muito regular, o que pode vir a dar os seus frutos mais à frente. Classificou-se novamente no 6º lugar da etapa a 13m36s do vencedor, o seu colega de equipa americano Ricky Brabec. Na geral, Paulo Gonçalves subiu uma posição e é agora o 8º, por troca com Xavier de Soultrait, vencedor da etapa de ontem e que estava na 6ª posição. Hoje a abrir a pista, o francês não pôde evitar uma terrível performance que o fez baixar à 9ª posição.

Depois, num patamar um pouco diferente, encontramos Mário Patrão, piloto integrado na equipa oficial KTM, que hoje obteve o 23º lugar da etapa, mas não conseguiu evitar a perda de uma posição na geral, passando a 21º. Mas seria injusto não realçar a boa prova que o piloto de Seia vem fazendo, muito regular, e que certamente também lhe dará frutos no final.

Em seguida temos um grupo de 3 pilotos, que estão muito próximos uns dos outros e forçosamente isso vai trazer uma certa emoção aos seus apoiantes.

São eles, o experiente Joaquim Rodrigues que se classificou em 30º na etapa e manteve o seu 31º lugar na geral, a ser “acossado” pelos dois rookies – Sebastian Buhler e Antonio Maio. Estaremos a ver um flashback das aguerridas disputas nas bajas portuguesas? Certamente que estes dois pilotos têm um enorme potencial pois estão no Dakar pela primeira vez e à beira do top30 ao fim de 4 etapas, não é para todos. Acredito que entre estes 2 pilotos viveremos muitas alegrias no Dakar dos próximos anos, à medida que a sua experiência for aumentando.

Sebastian Buhler é o 33º e Maio o 34º na geral.

Um pouco mais abaixo, David Megre não foi melhor que 55º na etapa, o que o penalizou na geral perdendo 2 posições para 45º.

A esta hora os restantes pilotos portugueses não terminaram ainda a etapa, mas Miguel Caetano vinha em 87º no ultimo waypoint antes do final da etapa.

Já Fausto Mota  deverá ter sofrido algum problema pois seguia muito atrasado e Hugo Lopoes também não terminou ainda.

Em actualização

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