Baja de Portalegre: Filipe Elias, o ‘sobrevivente’ da Triumph Tiger 900 Rally Pro
Inscrito na classe de Maxi Baja, Filipe Elias levou a Trumph Tiger 900 Rally Pro até ao final de uma prova massacrante para as motos de maior cilindrada, com muita água e ribeiros a transbordar. “Logo após os primeiros quilómetro da SS2 percebi que o objetivo era sobreviver”, disse-nos o piloto após a prova.
O importante não era a classificação, apenas cumprir o objectivo de expor a Tiger 900 Rally Pro a um duro teste, e levá-la intacta até ao fim. A equipa, como habitualmente montada pela Touratech pt e Longitude009, onde profissionalismo rima com paixão, enfrentou a 34ª edição da Baja de Portalegre 500, com o habitual entusiasmo, apesar das condições climatéricas deploráveis que levaram a que os pilotos presentes enfrentassem uma das mais difícieis provas de sempre.
Fale-nos nas dificuldades, o percurso…
“No primeiro dia, o prólogo fez-se de forma razoável, havia lama mas fazia-se… Na SS2 cedo percebi que o objetivo seria ‘sobreviver’ pelas péssimas condições que encontrámos, com muitos ribeiros a transbordar de água e nas planícies com longas rectas só se via água. Com o passar dos quilómetros, sendo a motos da nossa categoria mais lentas que as restantes, começámos a ser ultrapassados pelos SSV e complicou-se tudo ainda mais”.
O resultado
“Conseguimos levar a moto até final mas houve muitas desistências, acabaram a prova menos de metade das motos da classe Maxi-Baja. Encontrei muitos concorrentes parado, logo ao Km 12 encontrei um amigo meu que tinha caído com uma África Twin, e desde logo percebi que tínhamos era de chegar ao fim. Com o decorrer da prova comecámos a adaptarmo-nos às condições e na segunda parte da prova, já rolei um pouco mais descontraído”.
A prova acabou por ser encurtada…
No segundo dia acordámos com a notícia de que o percurso seria encurtdo, ficou com cerca de 79 km e onde se podia andar muito mais à vontade. Foi na minha opinião uma opção correcta.
Como se comportou a Tiger 900 Rally Pro?
Portou-se sempre muito bem, nunca tinha andado tanto com ela sem malas no modo Race. Fiz o prólogo sem conseguir passar de marchas, simplesmente porque não tinha ajustado a altura do selector às botas de motocross. A moto é fantástica, sai muito bem em baixa e nos altos regimes tem uma alma brutal.
Conclusão
“Foi uma participação muito positiva, fiquei impressionado com as capacidades da moto, inclusive nas condição mais extremas que encontrámos. Quero destacar o trabalho da organização do ACP Motosport, até porque seria impossível fazer melhor nestas condições e com as restrições devido ao Covid19. Conheço muito bem a região e sei que se prosseguissem com a prova no formato previsto inicialmente as coisas não iam correr bem. Agradeço à minha equipa todo o seu esforço e à Triumph”.
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