EnduroGP arranca em Agadir

É já hoje que arranca mais uma edição do Mundial de Enduro. Ao todo serão realizados oito Grandes Prémios  que se irão estender entre abril e setembro, sendo que Portugal é ponto de paragem obrigatório com Gouveia a acolher pelo segundo consecutivo o Mundial dentro de uma semana.

No entanto antes da prova nacional será em Agadir (Marrocos) que vai começar a nova época, naquela que é a primeira visito do Mundial ao continente africano.  Para este ano existe uma grande novidade com o  campeonato a denominar-se de EnduroGP. Com esse nome nasce igualmente uma nova classe no campeonato com o mesmo nome e que será a classe rainha a partir deste ano.

A classificação da classe EnduroGP para pilotos e construtores será feita com base nas classificações conjuntas das classes E1, E2 e E3, ou seja, com base na classificação geral da prova, sendo que possíveis evoluções para 2017 serão anunciadas ao longo do ano.

No que diz respeito aos portugueses, serão cinco os pilotos que vão defender as cores nacionais.  Nas cinco categorias que irão competir, Portugal apenas não terá um piloto na categoria E2. Na  classe E1 o representante luso será o recém-coroado vice-campeão do Mundo de SuperEnduro, Luís Oliveira. O piloto da Yamaha muda de categoria, depois de nos últimos anos ter estado presente no Mundial Júnior.  Já na categoria E3 estará Luís Correia, que vai para o seu quarto ano no Mundial. Desta feita não estará com a Beta Factory, mas sim com a satélite Beta Boano.

Diogo Ventura vai continuar pelo terceiro ano consecutivo no Mundial Júnior ao serviço da Gas Gas. Por fim na Youth Cup, categoria destinada aos mais jovens, Tomás Clemente e André Martins vão estrear-se na competição. Os dois pilotos vão aproveitar esta grande oportunidade para competir com outros jovens lobos e acumular uma valiosa  experiência internacional.

Os principais protagonistas das cinco categorias

Em termos de principais candidatos na categoria E1, o campeão em título, Eero Remes, apresenta-se como o principal homem a abater. Remes vai continuar a representar a TM e terá uma forte concorrência, que é encabeçada pela armada da Yamaha Miglio, que tem nas suas fileiras o campeão Júnior em 2014, Jamie Mccaney  e o último vencedor da Youth Cup, Mikael Persson.  No campo da Husqvarna Daniel Mccanney e o ex-crossista Pascal Rauscheneker serão os homens de serviço, enquanto que a Sherco  depositará as suas esperanças em Anthony Boissiere.

Já a KTM vai a jogo  com o bicampeão do Mundo, Ivan Cervantes e com o estreante Nathan Watson, que ruma ao enduro, depois de nos últimos anos ter estado no MXGP em representação da ‘prima’ Husqvarna.

Na categoria E2 com a ausência dos últimos dois campeões do Mundo, Antoine Meo e Pela Renet, a luta pelo título promete ser animada. O vice-campeão do Mundo, Alex Salvini, trocou a Beta pela Honda, enquanto que o atual  campeão do Mundo de E3, Matthias Bellino  é o grande reforço desta categoria  e um dos grandes favoritos à conquista do cetro. No campo da Yamaha Loic Larrieu e o dominador do Espanhol de Enduro, Cristobal Guerrero, são os homens que vão tentar oferecer à marca do triplo diapasão um título que já foge nesta classe desde 2008. A KTM com o norte-americano Taylor Robert e Christophe Nambotin vão procurar dar continuidade à senda vitoriosa iniciada por Meo em 2015. Por último, a Honda adoptou a mesma táctica da KTM na categoria E1 e recrutou o antigo piloto de MXGP, Davide Guarneri.

Dentro da classe E3 os destaques vão para a presença de Johnny Aubert e de Jaume Betriu, que migram da categoria E2. Aubert continua ao serviço da Beta e terá como colega de equipa o antigo júnior, Steve Holcombe. Já Betriu, que o ano passado representou a Husqvarna, mudou-se para a  KTM. Nota ainda para a presença de Jonathan Barragán e de Lorenzo Santolino, que já este ano venceu com a sua Sherco o Enduro de Castelo Branco, primeira prova do Nacional de Enduro.

No Mundial  Júnior o vice-campeão, Giacomo Remondi trocou a Beta pela Honda e espera com esta mudança alcançar o título. O campeão em 2014, Davide Soreca, e Josep Garcia serão também nomes a ter em conta. Garcia chega aos Juniores  com a equipa oficial da Husqvarna, depois de ter obtido seis vitórias na Youth Cup em 2015 que o levaram ao segundo posto desse campeonato.

Por fim na Youth Cup, a categoria destinada a pilotos com menos de 20 anos, os focos vão estar no filho do tetracampeão do Mundo, Paul Edmondson, Jack, piloto que vai para o segundo ano nesta categoria e que em 2015 deu nas vistas ao fechar o campeonato no terceiro lugar.