Hugo Basaúla, Enduro: “Dei o meu máximo até ao fim”
Hugo Basaúla preparou-se durante todo o inverno para enfrentar a sua primeira temporada completa no campeonato nacional de Enduro. O esforço do piloto da KTM 300cc 2T foi recompensado com o triunfo na ronda de abertura da temporada!
Chegaste a ocupar o 6.º posto mas parece que encontraste o teu melhor nível na fase final da corrida. Conta-nos como foi…
“A verdade é eu não sabia em que lugar estava. Sabia que estava bastante para trás porque tinha caído duas vezes na Extreme Test. A minha mentalidade é sempre atacar em cada especial para fazer melhor. Eu só pensei em melhorar em cada passagem a longo de todo o dia. Tive muita dificuldade em adaptar-me porque, apesar de ser areia, as curvas ficavam de uma forma ‘estranha’ e a 2T não ‘saía’ como eu esperava. Ataquei sempre, dei o meu máximo até ao fim e senti-me muito bem fisicamente. Foi uma experiência brutal, gostei muito das especiais e foi uma boa primeira corrida. Independentemente de ter ganho, senti que aprendi bastante e isso é muito importante”.
As três primeiras passagens pela Extreme Test foram ganhas pelo Diogo Vieira e pelo Diogo Ventura mas a última foi para ti. Sentes que foi aí que deste a volta ao resultado?
“Não sei. É normal o Diogo Vieira ganhar tempo na Extreme. É a especialidade dele. Ele é um excelente piloto e faz coisas na moto que só uma pessoa que sabe, e que tem uma enorme capacidade técnica, é que consegue. O ‘Didi” foi bastante consistente e não é por acaso que é campeão nacional.
Eu ganhei uma Extreme, não sei como é que ganhei, mas ganhei! (Risos) Fui pela alternativa porque senti que a alternativa iria ser muito mais rápida. Vale o que vale mas onde senti que comecei a ganhar tempo ao “Didi” foi na fase final.
Eu estava muito bem fisicamente e, na última especial, consegui ter linhas ‘limpas’ e ganhei-lhe bastante tempo e até fiz um tempo relativamente bom quando comparado com o Rui.
Olhando para o dia todo, perante o Rui, não fui muito competitivo mas dei o meu máximo e tentei sempre baixar os tempos. Mas obviamente naquelas rectas e naquelas curvas não era possível fazer muito mais. Fiquei a 15 segundos do Rui e acho que foi positivo”.
A areia é um tipo de piso com o qual já te dás muito bem no Motocross. Consideras que a natureza do terreno te ajudou a conseguir a primeira vitória da tua carreira no Enduro?
“Sim, gosto muito de piso arenoso. É o meu favorito mas, tendo em conta que sempre conduzi na areia com pneus específicos para esse terreno, esta situação veio trazer toda uma nova dinâmica que eu desconhecia. Rodar na areia com um pneu ecológico não é igual ao que fazemos no Motocross mas o ‘feeling’ é parecido. A moto anda um bocado menos e, por isso, senti a falta de um ‘pneuzinho com pás’!
Foi um domingo de corridas muito positivo. A parte que eu gostei mais foi aquela vontade de ir andar de moto. Já há dois ou três anos que não sentia aquele prazer de começar um campeonato, querer atacar e querer correr. Foi muito positivo e creio que 2020 vai ser um ano muito bom para mim. Estou super motivado e isso é top!”
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(Foto: Racespec)
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