AMA Supercross: A polémica publicidade a produtos derivados da Cannabis
Um recente comunicado emitido pela American Motorcyclist Association – a federação norte-americana de motociclismo – mostrou que foi dado mais um passo relativamente à questão do patrocínio da CBD no AMA Supercross no próximo ano.
Este comunicado vem no seguimento da controvérsia verificada na temporada de 2019. Dean Wilson e Chad Reed fizeram acordos de patrocínio pessoal com uma marca de produtos de canabidiol (CBD) mas foram proibidos de exibir publicidade a esse produto nas suas motos e equipamentos sem qualquer tipo de aviso.
Como se pode ver na foto, como forma de protesto, Chad Reed passou a usar a palavra “Censored” nos sítios do seu equipamento onde tinha a publicidade à CBD.
O comunicado da AMA refere que “devido a mudanças recentes na lei, a presença dos patrocínios de produtos derivados de canabidiol “CBD”, à base de cânhamo, serão permitidos em certas rondas durante o AMA Supercross 2020.”
Surge assim a tentativa de permitir que os logótipos sejam exibidos nas corridas mas ainda não é certo que possam aparecer nas transmissões televisivas – este assunto ainda está sob discussão.
No entanto, nem tudo será tão fácil como aparenta pois, terão de ser cumpridos vários requisitos. Entre eles: “os produtos CBD devem ser derivados de cânhamo e conter menos de 0,3% de tetrahidrocanabinol (“THC”); são proibidos logótipos ou sinais CBD que incluam ou estejam relacionados com a cannabis; os patrocínios de produtos CBD são nulos no todo ou em parte onde quer que sejam proibidos por lei; e qualquer piloto, equipa e/ou patrocinador que deseje promover os produtos da CBD nas provas do AMA Supercross consente voluntariamente e antecipadamente todas as regras, requisitos e práticas aplicáveis em cada evento, conforme determinado pela AMA, FIM e Feld Motor Sports a seu exclusivo critério.”
Há algo que já ficou claro: “os pilotos que competirem com logótipos ou outras exibições promocionais na sua pessoa, no seu equipamento, ou na sua moto fazem-no por sua própria conta e risco. A AMA, a FIM e a Feld Motor Sports reservam-se o direito de exigir que todos os logótipos dos pilotos e seus equipamentos sejam cobertos ou removidos imediatamente.”
Assim, a aplicação da lei propriamente dita e a forma como vai ser feita está ainda por desvendar. Porém, é facto bem assente que os pilotos que não cumprirem as regras poderão ser expulsos das corridas ou obrigados a remover imediatamente o símbolo das marcas associados ao CBD.
(Foto: Facebook Chad Reed)
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