MXGP: O apagão de Romain Febvre e da Suzuki
Parece que foi ontem que começou mas a verdade é que já estão disputados seis dos 19 Grandes Prémios, que fazem parte da temporada de 2017 do MXGP. Pelo que após 11 competitivas mangas, que trouxeram quatro vencedores diferentes de Grandes Prémios, já é possível constatar quem até ao momento tem desiludido neste primeiro terço da época.
Em termos de pilotos o destaque pela negativa tem de ir inevitavelmente para Romain Febvre. Campeão do mundo em 2015, o piloto da Yamaha parece nunca mais ter recuperado a forma que exibiu antes do GP da Grã-Bretanha do ano passado, onde uma grave queda provocou ferimentos na cabeça e a fratura de um dedo da mão direita. Isto apesar de entre o final da última época e o início da temporada de 2017 ter vencido com a selecção de França o prestigiado Motocross das Nações pelo segundo ano consecutivo.
Este ano depois um início de época discreto, Febvre prometeu o regresso à ‘normalidade’ na chegada do campeonato à Europa, mas a verdade é que após duas rondas europeias o piloto gaulês já está a 103 pontos do líder do campeonato e campeão do mundo em título, Tim Gajser, pelo que parece inevitavelmente estar remetido para um papel secundário nesta temporada.
Quanto à Suzuki parece ir de mal a pior. Arredada dos títulos na classe rainha desde 2007, esperava-se que com as novas RM-Z e a experiência acumulada no ano passado pelo lendário Stefan Everts à frente dos destinos da equipa, que as coisas iriam ser diferentes, mas a verdade é que o cenário não é muito animador e parece ter piorado em comparação com o ano passado, onde apesar de ter sido o pior construtor oficial no final do ano ainda conseguiu vencer um Grande Prémio por intermédio de Kevin Strijbos.
Volvidas seis rondas o veterano Kevin Strijbos é o melhor representante da Suzuki num modesto 13º lugar e com apenas 90 pontos somados, tendo como melhor resultado um sexto lugar na única manga do GP da Indonésia. Tudo fica ainda mais negro para futuro, pois Strijbos contraiu um lesão num cotovelo pelo que estará de fora durante tempo indeterminado.
Sobra o pouco conhecido Arminas Jasikonis, que para 2017 garantiu lugar a tempo inteiro na Suzuki, depois da saída de Ben Townley. Contudo Jasikonis começou o ano com o pé esquerdo ao falhar a ronda inaugural da época, o GP do Qatar, devido a problemas no seu visto. De então para cá apenas deu um ar da sua graça ao ser quinto na primeira manga do GP da Europa, em Valkesnwaard, mas sinceramente esta opção parece nos curta tendo em conta os pergaminhos da Suzuki nesta disciplina e ainda para mais agora com Strijbos fora de acção pelo que terá de ser o piloto lituano a carregar às costas a Suzuki.
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