MXGP, Jeremy Seewer: “Não treino de moto desde o GP da Holanda”
Tal como todos os outros pilotos, Jeremy Seewer encontra-se em isolamento e impedido de treinar na sua moto, devido ao surto de coronavírus que forçou a paragem do Campeonato do Mundo de Motocross.
Apesar de ter sido obrigado a afastar-se das pistas, Seewer continua a a fazer um esforço para se manter em forma.
“Não ando de moto desde o Grande Prémio da Holanda, mas não estou sem fazer nada. Construímos um plano de treinos para que possa manter a forma física. Para isso, tenho andado muito na minha bicicleta e corrido bastante também. Depois, tenho ainda um pequeno ginásio aqui em casa para poder fazer algumas coisas. Estou apenas a tentar manter-me em forma para estar pronto quando tudo recomeçar, mas só poderemos evoluir nos treinos mais perto da próxima corrida e, claro, com a moto. A situação é completamente nova para todos nós. É difícil porque não sabemos quando é que vamos voltar a correr, mas mantermo-nos em forma é bom. Passámos da época baixa para época baixa e parece que vamos ter duas épocas seguidas depois disso. É uma sensação estranha”, afirma o piloto suíço.
A época de 2020 arrancou na Grã-Bretanha, num tempo que agora parece muito distante. Para Seewer, essa foi uma das suas melhores prestações em Matterley Basin.
“Foi perfeito. Honestamente, penso que esta foi a melhor prova que fiz em Matterley. Deste as escolhas de trajetória que tínhamos até à forma como a pista estava tudo correu da melhor forma. A minha época não podia ter começado melhor, pois consegui o holeshot na primeira manga. Basicamente continuei de onde terminei na China no ano passado, na segunda manga. Senti-me bem e aquele segundo lugar foi perfeito para mim, para ver que tinha potencial e que estava pronto para o primeiro GP”, recordou Jeremy Seewer.
O piloto da Monster Energy Yamaha Factory relembrou que “muita coisa lhe passou pela cabeça no primeiro Grande Prémio do ano: a pressão, o nervosismo, pensar se todos vão estar em forma e muito mais. Fiquei super feliz com a forma como pilotei, mas acabei por ter azar na segunda manga. Eu e o Clement Desalle tocámos um no outro logo no início da corrida, o que acabou por me deixar mais para trás e com algumas dificuldades visto que perdi o travão traseiro. No entanto, ter terminado em quarto na geral foi fantástico, dado este problema. Claro que queria ter ficado no pódio porque acho que o meu desempenho foi suficientemente bom, mas as corridas são mesmo assim”.
A excelente performance em Matterley Basin não se repetiu em Valkenswaard, local onde Jeremy Seewer encontrou ainda mais dificuldades.
“Valkenswaard foi muito difícil. Choveu tanto e a pista acabou por ficar muito mole, o que a tornou ainda mais complicada de percorrer. Havia muitas zonas difíceis e buracos profundos que, por vezes, não eram fáceis de ver. Penso que toda a gente teve dificuldades na corrida, mas foi apenas má sorte com o tempo. Na altura, senti que, mentalmente, estava pronto e que sabia o que tinha de fazer, mas a sorte não esteve do meu lado, especialmente no domingo”, sublinhou Seewer que está ansioso por poder voltar a pilotar a sua moto.
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Foto: Instagram Jeremy Seewer
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