Ricky Carmichael, MXGP: “Não tínhamos forma de saber o que se passava do outro lado do Atlântico”
Nos últimos anos, os media e a sua relação com o desporto tem evoluído em grande medida. O ex-piloto Ricky Carmichael revelou como é que era a ligação dos americanos com o MXGP até há relativamente pouco tempo.
Hoje com 40 anos, Carmichael explica que para quem vivia nos Estados Unidos da América não era fácil acompanhar o Campeonato do Mundo de Motocross.
“O MXGP é muito mais popular agora, provavelmente por causa dos media e de tantas outras coisas que evoluíram. É muito mais acessível. Não tínhamos forma de saber o que se passava no outro lado do Atlântico, a menos que fosse no Cycle News que tínhamos uma vez por semana. Não, não prestei atenção ao que se passava do outro lado do Atlântico, mas do outro lado tínhamos sempre pessoas que iam aos Jogos Olímpicos de Inverno – os Swanepoels, creio que eram. Eles eram da África do Sul, por isso eu conhecia outras corridas que não as dos EUA, mas era do lado oposto da Europa”, disse o ex-piloto, revelando uma das poucas coisas das quais se arrepende ao longo da sua carreira desportiva.
“Um desejo e uma das coisas de que até hoje me arrependo (quase não tenho nenhuma ao longo da minha carreira) é que sempre quis ir lá e ganhar um Grande Prémio. Nunca fui capaz de o fazer, não tinha tempo nem horário, mas olhando para trás penso que teria sido muito fixe porque aprecio muito os GP’s. Perdi essa oportunidade, teria sido uma grande experiência”, desvendou Ricky Carmichael.
Quando questionado sobre se há incentivos para que os pilotos americanos se sintam mais próximos do Campeonato Mundial, Carmichael tem algumas dúvidas. “Não tenho tanta certeza se há um incentivo, mas definitivamente há mais consciencialização. Acho que há mais pessoas a assistir, mas talvez seja só porque sou um pouco mais velho e sinto que há mais pessoas a fazê-lo, pode ser isso. Embora com as redes sociais, os meios de comunicação social que temos hoje em dia, é muito mais fácil e conveniente de acompanhar o campeonato. Sinto que há mais agitação e, claro, com o Motocross das Nações, como popular que é, como os pilotos europeus e os que correm no MXGP estão a competir com os dos EUA. Este evento tem trazido o motocross europeu aos fãs nos EUA, por isso é fixe. Acredito realmente que o MXGP tem pilotos com grande talento, principalmente em comparação com os tipos contra os quais eu costumava correr. Não quero que ninguém tome isso como uma provocação, mas penso que a maioria das pessoas concordaria comigo”, afirmou o americano.
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Foto: Fox Racing
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