MXON: Roger De Coster deixa a seleção dos EUA

By on 2 Agosto, 2025
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Existem corridas e existe Roger De Coster. Cinco títulos mundiais nas pistas. 25 títulos como gestor de equipa. Uma era que moldou o motocross nos EUA como nenhuma outra personalidade.  Após 44 anos, De Coster agora está a deixar o cargo de gestor da Equipa dos EUA no Motocross das Nações. Uma decisão com significado simbólico – e um ponto de virada para o motociclismo como um todo.

Um arquiteto de sucesso

De Coster assumiu a equipa americana pela primeira vez em 1981, numa época em que os pilotos europeus ainda ditavam o ritmo. Sob a sua liderança, a equipa dos EUA tornou-se uma força dominante no cenário mundial, vencendo 21 corridas no MXoN e mais quatro no Troféu das Nações. A sua receita para o sucesso? Confiança, espírito de equipa e talento para campeões.

Roger De Coster nunca foi apenas um técnico. Foi um missionário, um motivador e um mentor. “Queria que o nosso desporto se tornasse maior, mais respeitado, mais global”, diz em retrospectiva. Foi por isso que ele viajou o mundo durante seus dias de piloto, competindo na Argentina, no Brasil e na Austrália. E finalmente encontrou o seu lar desportivo nos EUA.

Para ele, o Motocross das Nações nunca foi apenas uma corrida —  era a corrida do ano. Um lugar onde nações se tornavam equipas. Onde rivais cresciam juntos. E onde sonhos se realizavam — ou eram destruídos.

Com a saída de De Coster, a própria AMA assumirá a gestão da equipa – seguindo o modelo usado por muitas nações europeias. O diretor de corridas da AMA,  Mike Pelletier,  montará e administrará a equipa dos EUA em conjunto com os chefes de equipa dos respectivos fabricantes.