Armindo Neves: “Este título é dedicado ao meu Pai”

By on 27 Setembro, 2019

Armindo Neves sagrou-se campeão nacional de TT Veteranos em Idanha-a-Nova aos comandos de uma SWM. Estivemos à conversa com o experiente piloto alentejano sobre esta temporada mas também sobre a comparação entre o campeonato nacional de Todo o Terreno dos anos 90 e o atual.

Depois de seres vice-campeão em 2018, conseguiste este ano o título nacional de TT na classe Veteranos. A quem gostarias de dedicar este titulo?

“Este título é dedicado ao meu Pai, que foi sempre um forte apoiante e também um apaixonado das corridas e que, infelizmente, já cá não está para ver há dois anos. É uma homenagem que lhe faço e uma pequena retribuição de todo o apoio que ele sempre me deu para correr desde o inicio. Depois, como sabemos, nada se consegue sozinho e, desde a família, aos amigos, aos patrocinadores e à equipa de assistência, todos desempenham um papel importante e são uma parte fundamental para que tudo corra bem. Por isso, também quero expressar publicamente o meu agradecimento a todos os que apoiam e contribuem para o sucesso alcançado, pois sem essa ajuda e contribuição tornar-se-ia tudo bastante mais complicado.”

Tens uma longa carreira no TT. Como comparas hoje a modalidade face aos anos 90?

“Bem, se é verdade que antigamente haviam muitos mais pilotos a correr no Todo o Terreno, também é verdade que hoje em dia existe mais profissionalismo por parte das equipas e pilotos. O nível de preparação das motos e dos próprios pilotos também é levado mais a sério, tal como o nível organizativo a que se chegou. Penso que podemos dizer, sem qualquer dúvida, que temos um dos melhores campeonatos do mundo e seguramente o melhor da Europa em termos gerais. As nossas organizações estão a um nível muito alto e, embora os pilotos não sejam muitos, quando vão lá fora continuam a ser e a andar entre os mais rápidos. Por isso mesmo, acho que o nosso país continua a ser uma referência do Todo o Terreno mundial. Apenas falta que venham mais pilotos para o campeonato. Mais pilotos de duas rodas e de quads, pois como sabemos as listas de inscritos dos SSV’s têm batido verdadeiros records.”

Vais chegar à Portalegre ainda na disputa pelo título de vice-campeão de TT2. Com que espírito/estratégia vais enfrentar esta prova que conheces tão bem?

“No inicio da época, o meu objetivo era ficar no top 5 da classe TT2, até porque estou a disputar este campeonato contra motos de 450cc e a minha SWM tem ‘apenas’ um motor com 310cc. Esse objectivo está já alcançado e estar ainda nesta altura a lutar pelo pódio só foi possível devido à grande competitividade e fiabilidade da SWM RS 300R. Esta moto tem-se revelado uma ‘companheira fiel’ e uma excelente opção na relação qualidade/preço para quem procura uma mota matriculada para competição ou apenas para os passeios de fim de semana no campo com os amigos. Assim, tudo o que vier por acréscimo será bem vindo e espero encarar a Baja de Portalegre sem qualquer pressão e descontraído na busca do melhor resultado possível na prova da ‘minha terra’ naquela que é seguramente uma das melhores Bajas do mundo.”

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