Dakar 2017 – A representar Portugal – Paulo Gonçalves

By on 30 Dezembro, 2016

Paulo Gonçalves nasceu a 5 de fevereiro de 1979 em Esposende e cedo se começou a destacar no mundo das motos e nos seus primeiros anos foi no Motocross onde deu nas vistas antes de destacar-se no Enduro e nos Raids.

Dentro de portas o palmarés de Paulo Gonçalves é verdadeiramente um luxo, 13 Títulos de Campeão Nacional de Motocross, 6 títulos de Campeão Nacional de Supercross, 4 de Campeão Nacional de Enduro, 1 de Todo o terreno, 1 de vice Campeão de Motocross, 1 de vice campeão de Supercross, 3 de vice campeão Nacional de Enduro e um de vice campeão de Cross Country e três medalhas de Ouro nos Seis Dias de Enduro.

A aposta no Dakar surge aos 27 anos de idade, em 2006, com Paulo Gonçalves a terminar na 25ª posição. No ano seguinte, o último Dakar em África, “Speedy” Gonçalves, mostra evolução e termina a prova na 23ª posição mostrando um andamento forte.

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2008 é o ano em que as ameaças terrorista pairaram sobre a grande maratona e a prova acaba por não se realizar Em 2009, Paulo Gonçalves regresso ao Dakar e a sua regularidade volta a ser um prémio para o piloto português que termina em 10º.

Os dois anos seguintes foram de grande frustração para o piloto da Honda ao abandonar a prova quando à sexta etapa e à oitava, respetivamente. Chegado a 2012, Paulo Gonçalves voltava a ser apontado como um dos principais candidatos à vitória. Contudo esta foi uma edição infelizmente para o piloto de Esposende marcada pela falta de Fair Play de uma das maiores figuras da prova, Cyril Despres.

paulo-goncalves_2012

Despres ficou atolado na lama com a sua moto e Paulo Gonçalves parou para ajudar o piloto da KTM. Curil Despres depois de desenrascado, acabou por deixar Paulo Gonçalves atolado e para trás. Esse fato ficou engasgado por muitos anos na garganta dos fãs do Paulo Gonçalves e também daqueles que defendem o fair play no desporto, onde o piloto português já deu provas.

Nesse ano Paulo Gonçalves acabou por terminar o Dakar na 26ª posição da geral. Em 2013, Gonçalves voltou e a estar em destaque ao terminar na 10ª posição da geral a grande maratona sul americana, num ano em que foi Campeão do Mundo de Ralis Todo-o-Terreno.

paulo-goncalves_2013

Contudo em 2014, Portugal viveu com grande intensidade uma das corridas mais difíceis do piloto português. À quinta etapa, Paulo Gonçalves viu a sua moto ser consumida pelas chamas devido a um problema com a Honda e sem ajuda para apagar as chamas, o piloto de Esposende via a sua prova voltar a terminar mais cedo.

paulo-goncalves_2014

Mostrando que os momentos difíceis preparam os grandes desportistas para os grandes resultados, Paulo Gonçalves, voltou em 2015 ao Dakar, para brilhar. O piloto da Honda terminou em segundo, a melhor classificação de sempre de um piloto português na prova e venceu uma etapa.

paulo-goncalves_2015

Em 2016, Paulo Gonçalves, voltou a mostrar que os valores que o regem estão acima dos resultados. O piloto da Honda seguia na luta pela liderança da prova quando se deparou com o piloto da KTM, Matthias Walker, caído após uma violenta queda. O português nem pensou duas vezes em ajudar o seu rival e só deixou Walker quando a ajuda chegou. Paulo Gonçalves acabou no entanto por sofrer uma queda na 11ª etapa que o obrigou a abandonar.

Por tudo isto, o piloto português volta este ano a ser um dos candidatos à vitória, mas lembra que: “Para esta edição do Dakar que se avizinha bastante difícil, pois durante praticamente meia prova vamos enfrentar altitudes muito elevadas. Será certamente muito difícil para a maioria dos pilotos.

paulo-goncalves_2016

Em termos técnicos está a colocar uma navegação mais exigente ao nível dos waypoints e por isso será preciso estar muito atento e cometer o menor número de erros possíveis. Penso que isso será determinante. Penso que a corrida vai regressar um pouco às edições mais antigas do Dakar, onde a navegação desempenhava um papel mais importante em detrimento da velocidade a equipa está muito coesa e a trabalhar em prol do objetivo de lutar pela vitória”.

paulo goncalves

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