Dakar, Etapa 8, Portugueses: Rui Gonçalves bate o pé aos favoritos com sexto lugar
A estrelinha do nosso melhor piloto de motocross de sempre voltou a brilhar alto na oitava etapa do Dakar, com o transmontano a terminar o dia num sexto lugar depois dos azares dos últimos dias. António Maio, Mário Patrão e Brunos Santos voltaram a destacar-se nas respectivas categorias.
Rui Gonçalves (Sherco) foi não só o melhor português na oitava etapa da 46.ª edição do Rali Dakar, como a concluiu na sexta posição absoluta. O piloto luso completou os 458 km da especial em 3h37m27s, a somente 2 minutos e 24 segundos do vencedor Kevin Benavides. Nas redes sociais, o #19 escreveu: “Sexto lugar hoje, onde os primeiros 160km foram sempre em areia e com pistas muito rápidas. De seguida tivemos uma ligação de 200km e entramos na segunda parte da especial com terreno duro, mais pedra e mais técnico. De um modo geral senti-me muito bem, fiz uma boa navegação apenas com um erro que me fez perder algum tempo no final. O 6º lugar na etapa deixa-me muito satisfeito e confiante para continuar a dar o meu melhor neste Dakar. A minha equipa tem feito um bom trabalho e o vosso apoio tem sido muito importante para mim, obrigado!”. Rui Gonçalves lamentou apenas um erro cometido no final da etapa que o fez perder algum tempo. Ricky Brabec e Ross Branch que lutam pelo triunfo no rali, terminaram a oitava etapa atrás do português.
António Maio (Yamaha) completou com sucesso mais um dia na 46ª edição do Rali Dakar tendo terminado na 22ª posição da classificação absoluta. Um dia intenso para o Major da GNR, que gastou 3h57m09’ a realizar o percurso desta oitava etapa, tentando manter o foco para não cometer erros uma vez que o final da corrida está cada vez mais próximo. “A queda que tive ontem deixou-me um pouco em alerta e por isso quero gerir a corrida para não cometer erros. Hoje atolei a moto numa duna, ainda na parte inicial do dia. Nos últimos 100km a pista já era mais ao meu gosto e aí imprimi um bom ritmo; no final da especial deparei-me com uma nota de navegação muito difícil e perdi algum tempo.” Disse o piloto de Borba que mantém o 17º lugar na classificação geral, quando estão por cumprir apenas 4 etapas para o final do 46º Rally Dakar.
Mário Patrão (Honda) gastou 4h22m27s a percorrer o sector selectivo de 458 km e terminou o dia no 39º lugar absoluto, subindo ao 16º lugar nas Rally 2. Confortável na liderança do Veteran Trophy, dispondo de uma vantagem de 3h41m07s para o 2º classificado, o piloto de Seia apostou numa toada regular na oitava etapa. “A navegação este ano prima pela extrema dificuldade. Se perdes o foco um minuto, deitas tudo a perder. Tenho feito o possível para segurar o primeiro lugar na minha classe, que é o objetivo pelo qual lutei e me preparei. As dunas hoje, fruto de estarem molhadas, tinham regos enormes, o que potencia quedas, como a que tive na semana passada. Optei por fazer uma condução focada, sem erros e, acima de tudo, sem quedas.” Disse Mário Patrão que ocupa o 29º posto da classificação geral.
Bruno Santos (Husqvarna) continua a ter um excelente desempenho naquela que é a sua estreia no Rally Dakar tendo terminado a oitava etapa da corrida no 23º lugar. Ocupando o 30º posto da classificação geral, o piloto de Torres Vedras imprimiu um andamento muito consistente e eficaz concluindo o exigente setor seletivo em 10º entre os pilotos Rally 2 ocupando agora um notável 17º lugar neste ranking. “Consegui progredir bem na etapa e estou satisfeito com a prestação de hoje. Rodei em segurança e sinto que estou cada dia mais confiante tanto com o meu andamento como com a navegação que está mais controlada e tranquila. Estamos em Hail, num novo acampamento, e agora vamos preparar a etapa de amanhã que será mais uma jornada longa e exigente”, declarou Bruno Santos na chegada ao bivouac em Hail.
Alexandre Azinhais (KTM) manteve a regularidade habitual para terminar a oitava etapa no 84º lugar absoluto, 66º nas Rally 2. O piloto do Club Aventura Touareg subiu hoje mais algumas posições na classificação geral, ao 64º lugar entre os 115 pilotos em pista a 4 dias do final do Rali Dakar 2024.
Amanhã o rali prossegue com a Etapa 9 (Hail – Alula) com 222 km de percurso de ligação e uma especial cronometrada de 417 quilómetros. Ao início dá a ideia de se tratar de uma especial rápida, mas a partir de então a navegação torna-se mais complicada, sendo importante encontrar o ritmo certo nos planaltos rochosos que se seguem.
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