Entrevista exclusiva Paulo Gonçalves: “Houve um critério diferente em duas situações idênticas”
Paulo Gonçalves foi uma das estrelas do Dakar 2016, apesar de uma queda que o levou ao hospital. O piloto de Esposende reconheceu que foi o arriscar que ditou o acidente e o abandono, mas em entrevista exclusiva ao Autosport, que será publicada na edição da próxima terça-feira, o piloto português da Honda não poupou nas críticas à organização.
“Houve um critério diferente em duas situações idênticas. Depois de uma parte da especial na Bolívia fizemos a neutralização para passar a fronteira. Depois tínhamos uma segunda parte na Argentina, de 144 km. Era a 7ª etapa, Uyuni – Salta. Começamos essa especial mas apenas 22 pilotos a realizaram na integra. Os outros já não o conseguiram porque entretanto havia chovido e deixou de se poder passar num rio. Os Júris da prova decidiram que o tempo da segunda especial não contava para ninguém, apesar de terem passado 22 pilotos. Fui prejudicado porque tinha ganhado aí algum tempo. Mas é um regra e tenho de a aceitar”.
Dois dias depois a corrida voltou a parar em CP2 e Paulo Gonçalves lembrou que: “Eu cheguei até aí e o normal era os tempos contarem até CP2. Numa situação idêntica à anterior e em que tinham passado apenas 12 pilotos. Mas os Júris tiveram um critério diferente para uma situação igual. Acabaram por atribuir um tempo teórico a todos os outros pilotos que não deixaram continuar a prova. Se na etapa anterior passaram 22 pilotos e foi cancelada, porque é que quando passaram 12 já não foi?”.
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