Paulo Gonçalves: “Quero lutar pelos primeiros lugares no Dakar”

By on 3 Janeiro, 2020

Paulo Gonçalves fará este ano a sua 13.ª participação no Dakar. O “Speedy” já é considerado uma lenda dos Rally Raids e um dos muito poucos a participar no Dakar em África, na América do Sul e agora na Arábia Saudita.

Aos 40 anos de idade, o palmarés do piloto de Esposende fala por ele próprio. Vencedor de três etapas na história do Dakar, o seu melhor resultado foi atingido em 2015, ano em que terminou na 2.ª posição atrás de Marc Coma.

Mas os impressionantes números de PG não ficam por aqui. O minhoto chegou à meta em 7 das suas 12 participações e, em 4 delas, conquistou um lugar no lote dos 10 primeiros!

“É ótimo fazer parte da história, dos três capítulos do Dakar. Competi duas vezes em África, dez vezes na América do Sul e agora na Arábia Saudita. Vai ser seguramente uma grande experiência. Penso que 98% dos pilotos nunca competiram aqui antes, pelo que é um grande desafio para todos” disse o português ao site oficial da prova.

Ao mesmo tempo que o Dakar se estreia na Arábia Saudita, também Gonçalves se estreará com a Hero Motosports. “É um novo capítulo para mim, depois de cinco temporadas com a Honda. Ganhei muitas corridas, conquistei o título mundial de Rally Raids em 2013. Também terminei em 2.º lugar no Dakar 2015 e ganhei algumas etapas. Agora mudei-me para a Hero e estou empolgado com este novo desafio. Por vezes precisas de fazer mudanças, talvez para encontrar motivação extra. Até agora estou feliz”.

O “Speedy” fez este ano duas provas com a Hero, o Rally de Marrocos e o Silk Way Rally, e deixou boas indicações. Na verdade, para Gonçalves a marca indiana “é como uma família. Conheço o diretor de equipa desde há alguns anos com a Speedbrain e a Honda, e provavelmente 80% das pessoas na equipa. E juntar-me ao meu cunhado, Joaquim Rodrigues, é bom porque podemos trabalhar juntos e puxar um pelo outro”.

As duas últimas edições do Dakar não foram nada simpáticas para o veterano luso. Em 2018 não pôde participar devido a lesões num joelho e num ombro, e em 2019 caiu na quinta etapa e foi forçado a abandonar. Gonçalves espera que a sorte esteja do seu lado em 2020 e a determinação que sempre o caracterizou continua lá.

“Penso que a combinação de muitos fatores vai ajudar-nos a fazer uma boa corrida. Quero lutar pelos primeiros lugares. Este é o meu objetivo é o da equipa para este Dakar. Esperamos muita areia e dunas mas a organização também incluiu muitas montanhas no percurso. A navegação deverá ser bem traiçoeira e acredito que esta edição do Dakar vai ser especial!”

(Foto: Hero Motosports)

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