Silk Way Rally, etapa 5: Sam Sunderland – The Marathon Man! Paulo Gonçalves foi 3º
“É sempre preciso ter um bocadinho de sorte numa etapa maratona, mas não há como negar que Sam Sunderland se empenhou verdadeiramente e deu muito de si para esta vitória. Tendo ganho a primeira parte da etapa ontem, obrigou Sunderland a partir de primeiro e abrir a estrada hoje. Não é a situação ideal…Se abres a estrada, marcas trilhos e deixas rastos que são visíveis para os adversários e dificilmente não és alcançado…Por isso se abrires a estrada e não fores ultrapassado, isso é considerado um feito! Mas se abrires a estrada e mesmo assim ganhares a etapa isso é algo que te faz ganhar o respeito de todos os teus adversários. Mas se também abres a estrada e ganhas o segundo dia, então és o Marathon Man!
Este texto publicado hoje pelos serviços de comunicação da organização do rali, descrevem na perfeição a importância deste resultado de Sam Sunderland e como ele elevou a relevância deste piloto inglês da equipa oficial KTM.
“Espontaneamente na linha de chegada, Paulo Gonçalves comentava: O Sam fez um trabalho fantástico hoje. Claro que há sempre circunstâncias favoráveis que podem dar uma boa ajuda ao resultado. Neste caso o acidente de Joan Barreda (Honda) ao km120 , o piloto que partira de 3º na etapa, pode ter sido um dessas situações. O espanhol vinha de faca na liga, a dar tudo e já estava em primeiro da classificação à passagem no primeiro waypoint. A sua queda não é tão surpreendente assim, Barreda, piloto extremamente rápido, tem tido muitos”azares” destes, em situações em que não deveria falhar, o que o tem impedido de obter melhores resultados. Todos os que o viram acidentado, perderam tempo. alguns pararam mesmo como foi o caso do seu companheiro de equipa Kevin Benavides, que chegou ao local, parou e ficou com Barreda durante alguns minutos. Luciano Benavides que já tinha sido ultrapassado por Barreda também parou. As regras ditam que o tempo perdido na ajuda a pilotos acidentados, deverá ser reposto, pelo que ainda poderão surgir alterações na classificação geral da etapa.
Mas mesmo que isso aconteça, Sam Sunderland continua a aparecer bem na fotografia, estando 13m44s na frente de Luciano Benavides e 17m18s na frente de Kevin, e sabendo que o homem forte da Honda que hoje partia de terceiro, Joan Barreda, está agora fora de jogo…
Á chegada ao final Sam Sunderland prestou as suas declarações: – “Abrir a pista nunca é fácil, os teus perseguidores vão poder seguir os teus rastos, perdendo muito menos tempo em navegação. É uma ajuda inegável que sempre dá vantagem a quem te segue. Esforcei-me por manter um nível alto de rapidez durante toda a prova, mas naquelas zonas muito rápidas, acabas por ficar extenuado pois tens mesmo que estar totalmente focado. A moto esteve excelente apesar de não ter sido assistida ontem à noite. Apenas o pneu traseiro estava bastante desgastado o que te faz perder aderência e tração, mas isso é igual para todos.”
Mas o rali tem muitos protagonistas e candidatos à vitoria, e esta não se conquista num só dia.
Assim no final da etapa, Kevin Benavides foi 2º da geral cedendo 1m33s, o que foi um excelente resultado depois dos problemas de travões do dia anterior que o piloto teve que resolver sozinho. O piloto argentino partiu bem de trás, e apesar de ter que sofrer com o pó dos pilotos dianteiros, acabou por retirar vantagem na navegação e realizou o 2º melhor tempo da etapa.
E em terceiro lugar o nosso fantástico Paulo Gonçalves que faz maravilhas com a sua nova Hero e perdeu apenas 2m47s para o líder, tendo partido de 9º.
Em seguida classificaram-se as duas Yamaha oficiais com Xavier de Soultrait em 4º e Adrien Van Beveren em 5º. Luciano Benavides em KTM foi 6º e Andrew Short em Husqvarna foi 7º.
Classificações da Etapa 5:
Na classificação Geral da prova, Sam Sunderland lidera destacado, mas Paulo Gonçalves subiu ao 4º lugar, o que o recoloca no centro das atenções, pois nesta provas tudo pode mudar de um momento para o outro.
Classificação Geral após a Etapa 5:
Os concorrentes enfrentarão amanhã a segunda mais longa etapa da prova com 408km, entre Mandalgovi e Dalanzadgad. Mais uma vez encontrarão pistas muito rápidas que atravessam as estepes da Mongólia, com constantes mudanças de direção, o que significa que os pilotos terão que manter-se sempre muito focados no roadbook e não poderão gozar a beleza das paisagens por onde passam… ossos do ofício.
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