W2RC: Porque a KTM abdicou do mundial de Rally Raids

O mundial de Rally Raid 2024 está a decorrer sem a participação da KTM, Husqvarna e GASGAS. Por que foi tomada esta decisão em Mattighofen? “Muito perigoso e muito caro”, disseram os responsáveis austríacos.

O Campeonato do Mundo de Rally Raid é um campeonato mundial ainda muito jovem. Criado pela FIM em 2022, o organizador do Dakar, a ASO, foi contratada para organizar o evento. A primeira temporada foi vencida por Sam Sunderland (GASGAS), e em 2023 Luciano Benavides (Husqvarna) triunfou. Este ano, nenhuma marca do grupo Pierer Mobility AG conquistará o título, porque apenas as equipas de fábrica da Hero e Honda e os seus pilotos estão inscritos no campeonato do mundo.

“Em primeiro lugar, esta decisão foi tomada no outono de 2023”, disse o gestor de ralis Andreas Hoelzl em entrevista à Speedweek. “O Campeonato do Mundo funciona muito bem, temos de admitir, mas a corrida principal continua a ser o Dakar. É a corrida mais famosa, interessante e prestigiada e é nisso que nos concentramos. Tudo isto custa muito dinheiro e tem que ser bem investido em tempos como estes. O aspecto financeiro é uma coisa, porque também é preciso pagar uma taxa ao promotor. A presença mediática ainda não é a que gostaríamos.”

No entanto, sem a participação da KTM, Husqvarna e GASGAS, o Mundial de Rally Raid perde muito da sua atratividade, o que não ajuda na atenção e importância do campeonato.

“Também existem preocupações de segurança da nossa parte, nas quais a ASO está a trabalhar. Tudo no Dakar é organizado de forma exemplar, mas não é assim em todas as corridas. No Dakar houve significativamente mais navegação e a velocidade média caiu. Do nosso ponto de vista, a direção está correta”, argumentou ainda Hoelzl. “Por exemplo, também houve um rali em que uma etapa foi percorrida duas vezes. “

“As motos percorreram uma rota onde os carros circularam recentemente – e isso é simplesmente perigoso. E infelizmente tivemos muitas lesões nas nossas equipas nos últimos anos, e para nós a segurança vem em primeiro lugar. Claro que precisamos de várias corridas de preparação para o Dakar, que este ano são as provas da Argentina e de Marrocos. “