Daniel Sanders: “Com os grandes nomes que cá estavam, tinha de dar o máximo”
Depois de um excelente desempenho nos ISDE em Portugal, onde foi o vencedor da classificação geral, resta perceber qual foi o segredo de Daniel Sanders. Apesar de o seu desempenho ter sido amplamente elogiado por muitos dos restantes pilotos, a folha de resultados só conta metade da história.
Nos primeiros dias, as condições estiveram favoráveis ao australiano e à sua Husqvarna 500cc. No entanto, quando o tempo se tornou mais imprevisível, desempenhado um papel importante nas condições de pilotagem, é que foi possível ter uma melhor noção da sua velocidade em comparação com os seus rivais.
“É muito fixe vir aqui e vencer a classificação geral. Trabalhei arduamente na minha condução durante todo o ano e agora sinto que estou como queria. Posso fazer o que quero com a moto e estou mesmo a gostar”.
O piloto australiano mostrou-se sempre muito satisfeito e confortável ao longo de toda a prova. Para ele, o segredo “é um ‘pacote’ completo, desde aprender a preparar melhor as motos e aprender a pilotar melhor a moto. Tem sido sobretudo uma questão de arranjar as pessoas certas à minha volta que querem esforçar-se tanto quanto eu. O meu mecânico e o meu treinador ajudaram-me a ser um piloto melhor e hoje estou muito diferente do que quando estava no Mundial de EnduroGP”.
Parece que, antes do início da prova que o australiano percebeu que, com os grandes nomes presentes em Portimão, tinha de dar o máximo logo a partir do primeiro dia. “Tento sempre começar forte. Fiz isso no ano passado ao vencer a primeira especial e este ano sinto-me mais em forma e mais forte, por isso voltei a conseguir o mesmo”.
Um dos aspetos mais impressionantes dos resultados de Sanders em Portugal foi o facto de ele não ter sido rápido apenas nas especiais mais abertas, rápidas ou arenosas – onde as motos de maior cilindrada estavam em vantagem – mas também nas especiais mais apertadas e escorregadias.
“Eu adaptei-me muito bem à 500cc e gostei mesmo muito de andar nela. Utilizámos a moto de 2019 aqui em Portugal em vez de passarmos para a moto de 2020 simplesmente porque tínhamos uma boa afinação da suspensão que sabíamos que funcionava bem em diferentes condições”.
Embora a equipa dos EUA tenha vencido coletivamente, o nome de Daniel Sanders esteve sempre presente no topo da tabela individual até ao final da prova. Claro que o espanhol Josep Garcia também teve o seu papel de destaque neste ISDE, com uma boa prestação. Foi até o único piloto, para além de Sanders, a vencer um dos dias de competição individualmente.
Foto: Enduro21/Andrea Belluschi
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