Martim Ventura: “Sonho um dia ganhar o Dakar… Que vou tentar, isso vou!”

By on 22 Abril, 2020

20 perguntas de resposta rápida foi o desafio que colocámos a Martim Ventura, bi-campeão nacional de TT1!

Data e local de nascimento?

“12 de junho de 2000 em Almada.”

Na escola, eras um aluno bem comportado?

“ Era 8 ou 80, nunca no meio.”

O teu passatempo preferido?

“Sem ser andar de mota é talvez estar com amigos e treinar físico. Também gosto de jogos de computador.“

Fora das motos, que outro desporto acompanhas como fã?

“UFC quando aparece o McGregor e Fórmula 1.”

Se não fosses piloto, qual o desporto que escolhias para fazer competição?

“É difícil porque não me imagino noutro desporto, mas talvez trail running que acho muito divertido.”

Para ti, o mais importante na vida é…

“A família e as motos.”

Se um dia pudesses ser uma estrela mundial, quem escolhias ser?

“Dono de uma grande empresa para patrocinar atletas portugueses a alcançar os seus sonhos. Adorava fazer isto!”

Qual foi a primeira prova da tua carreira?

“Troféu Yamaha no Couço em 2011 numa TTR 90. Corríamos com os Moto 4 ainda. Mas foi tranquilo e divertido.”

Qual o teu número preferido? Porquê?

“No TT não temos nenhum número fixo, mas sempre que posso uso o 84. Um ano no Troféu Yamaha fiquei com este número e como era do herlings não o tirei. Também gosto do 2.“

Ídolo a nível nacional?

“Tenho três: o Rúben, o Hélder e o Paulo. O que eles fizeram nos rallys foi incrível. Elevaram Portugal lá fora como nunca tinha sido feito no motociclismo. Olho para eles para me motivar a um dia fazer igual.”

Piloto preferido a nível internacional?

“Toby Price. O ‘rapaz’ mete 180 km/h na moto e vai como se estivesse sentado no sofá. Já andei a treinar isso.“

A prova ou pista que mais gostas?

“No TT é Idanha-a-Nova, os caminhos são invriveis. É um misto de pistas rápidas com condução, é incrível.
No Motocross, quando fiz o Nacional em 2016 adorei a Moçarria. Uma pista acessível para quem não gosta de andar aos saltos como eu e muito divertida.“

A prova ou pista que menos gostas?

“No todo o terreno acho que é a ferraria. O terreno lá é cheio de pedra redonda com cercas em muitos sítios e as corridas que lá fiz correram mal.
No motocross já andei em Vieira do Minho e não gostei.”

Como piloto, diz-nos um ponto forte e um ponto fraco teu?

Um ponto forte acho que é o facto de, se um dia me corre mal numa corrida, acordo com uma força incrível para recuperar no segundo dia, nunca desanimar.
Um ponto fraco pode ser talvez um pouco falta de atitude em corridas longas de 3 ou 4 horas. Para o final já custa manter aquela agressividade. Mas já tenho conseguido corrigir isso.”

Quem é (ou foi) a pessoa mais importante na tua carreira?

“O meu pai é o meu ‘Boss’. Se alcancei alguma coisa na vida foi graças a ele. Também tenho o Pinhel, o Hipólito e o Eduardo. São amigos de longa data do meu pai, que andaram comigo ao colo, e que hoje em dia andamos todos nas corridas. Sem eles ficava muito difícil.“

Imagina que te era dada a hipótese de treinar um dia inteiro com qualquer piloto nacional ou mundial. Quem escolhias?

“Cá em Portugal temos os melhores pilotos. Quero começar a pedir umas dicas ao Rúben e ao Hélder para dar o ‘salto’. Vamos ver…“

Tens alguma superstição ou ritual antes de começar uma corrida?

“Tenho umas coisitas.“

Até hoje, qual foi a corrida da tua vida?

“Até ao momento acho que foi a última Baja Portalegre 500. Não foi o meu melhor resultado mas consegui fazer 4 horas de corrida sempre a dar mesmo tudo para tentar chegar ao pódio. Com a 250 temos muito desgaste físico e psicológico para acompnhar as 450. E fiquei feliz por tentar o pódio ao máximo e ter muito bom ritmo para os pilotos da frente.
No início da corrida, na parte técnica cheguei a estar em 2º da geral mas depois começámos a apanhar caminhos rápidos e não foi mesmo possível. Fico feliz pelo que representou, às vezes é mais importante que o resultado. Tal como uma vez estava em 2º da geral de 125 atrás do António Maio e a moto partiu um rolamento no motor. Foi a única avaria que tive na vida no TT, e sinceramente, nessa corrida, nem fiquei chateado. O facto de estar com um ritmo tão bom deixou-me mais feliz do que a avaria me podia deixar triste. E por isso às vezes o resultado não é o que mais importa para mim.“

Qual o jovem piloto que achas que pode vir a ser uma futura “estrela” da modalidade?

“Todos podem vir a ser estrelas. É só quererem muito muito, muito mesmo. Aparecem muitas surpresas.“

Se te dessem a possibilidade de testar uma moto de um piloto de fábrica (da atualidade ou do passado), que moto escolhias?

“Já testei uma Yamaha Rally uma vez. Gostava de ver as outras marcas por curiosidade.“

Que corrida ou campeonato sonhas um dia ganhar?

“Obviamente que é o Dakar. Fazer o que nunca conseguimos fazer, ganhá-lo. A ver vamos. Mas que vou tentar, vou!“

A quem gostarias de agradecer?

“Patrocinadores, pai, equipa, família. Todos os que torcem por mim.”

(Foto: Facebook Martim Ventura 84)

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