Red Bull Romaniacs – Sandra Gómez: “Como foi o meu Romaniacs”

By on 2 Agosto, 2021

Aos comandos de uma GasGas 300 a dois tempos, a espanhola Sandra Gómez Cantero foi a melhor Senhora no Red Bull Romaniacs. Participou na classe Gold, ao lado das estrelas do Hard Enduro, concluíndo a prova no 29º lugar entre os 45 finalistas da categoria. Nas redes sociais, Sandra fez o seu relato diário da prova e de como foi vencendo muitas dificuldades, como a fadiga e a desidratação…

Dia 1: “Foi um dia longo e intenso perfeito para aquecer, custava-me a apanhar bom ritmo mas estava contente com o meu desempenho nas trialeiras. Estava muito calor e fiquei sem água na penúltima passagem na montanha, então tive que ter calma. Terminei o 1º dia já tarde e paguei a fatura, não parando de vomitar ao final do dia.”

Dia 2: “Tomei o café da manhã, comi muito pouco (arroz branco e meia maçã! ) e estava a sentir-me melhor. Fui me hidratando muito e comendo pequenos pedaços de barras energéticas, muitas vezes. A pista era muito intensa e o calor mais ainda, antes de chegar ao ponto de abastecimento fiquei sem água para beber, parei num riacho e enchi a mochila de água, parei noutro rio e fiz o mesmo, porque o calor continuava intenso. Perto do final, os espectadores deram-me água limpa antes de enfrentar uma das trialeiras mais duras. Finalmente cheguei ao ponto de abastecimento e lá comi e bebi bastante. De tarde o trajeto era mais curto mas a descida mais complicada, acabando por passar 9h45m em cima da moto nesse dia.”

Dia 3: “Muito fraca de forças custou-me muito a começar o dia, estava muito desastrada mas consegui aproveitar a ‘boleia’ de alguns pilotos e rodar um pouco  com eles até que tive algumas quedas nas descidas e resolvi afrouxar. Dolorida nas costas consegui chegar à meta.”

Dia 4: “O último dia foi muito intenso, nada impossível mas com muitos desniveis e muitas zonas de florestas, onde não podia mais e não podia ir muito rápido. A travessia dos rios foi muito desgastante para mim, parava para enfiar as pernas um segundo na água ou molhava as costas com água em cada CP. Cheguei ao ponto de serviço quase em 5 h e sabia que ainda me restavam duas trialeiras de pedra. Por isso tomei o meu ritmo e como fiz muitas vezes durante a semana, fui fazendo o percurso de forma o mais possível tranquila. O objetivo era chegar ao fim, mas terminar cada dia e sem penalizações não foi possível, penalizei em dois dias.” 

“Agora carrego no meu corpo uma edição de inverno e outra de verão. Obrigado a todos pelo vosso apoio e pelos vossos ânimos! E obrigado aos meus sponsors, família, amigos que sabem o quão difícil foi este ano chegar aqui.” 

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