AMA Motocross: Escolaridade obrigatória a partir de 2021 para os pilotos da classe 450

By on 30 Abril, 2020

A MX Sports Pro Racing divulgou o regulamento completo do campeonato AMA Motocross e há uma medida inédita que entrará em vigor a partir de 2021: a escolaridade obrigatória.

Os pilotos que competem na classe 450 deverão passar a apresentar um diploma do ensino secundário ou equivalente, ou estar inscritos num programa do ensino secundário.

De realçar ainda que a escolaridade obrigatória completa nunca foi exigida no mundo do motocross, embora o tema tenha sido amplamente discutido após o aumento da popularidade da disciplina. Esta será certamente uma questão que as futuras gerações de pilotos, incluindo alguns dos atuais amadores, terão de resolver antes de passarem à classe 450.

O regulamento de 2020 apresenta muitos outros requisitos que passarão a ser necessários para competir ao mais alto nível. A partir deste ano, a idade mínima de um piloto da classe 450 passará a ser de 18 anos, mais dois anos em relação àquilo que era pedido até agora. Isto encorajará os pilotos a passarem mais tempo a desenvolver as suas capacidades na classe 250.

O campeonato também passará a ter de cumprir as regras e procedimentos da Autoridade Mundial Anti-Doping, com o objetivo de desencorajar os atletas de utilizarem substâncias que melhorem o desempenho. As sanções podem ir até aos dois anos de suspensão do piloto da competição, dependendo da substância detetada no controlo Anti-Doping.

Ainda na questão da anti-dopagem, os pilotos escolhidos para serem submetidos aos testes devem também incluir aqueles que terminem ou que estejam atualmente classificados nas três primeiras posições em cada uma das classes. Além disso, vários pilotos por classe serão seleccionados aleatoriamente entre os 20 primeiros classificados, tendo todos eles igual possibilidade de ser submetidos a testes.

Além disto, os pilotos e representantes credenciados devem obedecer a um Código de Conduta, que inclui a obrigação de tratar os outros com respeito, independentemente da sua raça, cor, crenças, nacionalidade, sexo, orientação sexual, estado civil, religião, idade ou qualquer outra condição que possa ser vista como uma desvantagem perante outra pessoa. O código proíbe ainda condutas ofensiva e inadequadas que podem resultar na imposição de sanções.

Apesar de esta lista de novas regras não ser exaustiva, existe mais uma que tem sido discutida com alguma frequência. Os pilotos estão autorizados a utilizar um dispositivo de gravação de vídeo na sua moto ou capacete. As filmagens em pista para utilização do piloto ou da equipa são ilimitadas, enquanto a utilização de filmagens para distribuição pública está limitada às plataformas de comunicação social do piloto ou da equipa.

As filmagens publicadas nas redes sociais do piloto são limitadas a “clips“ com não mais de 60 segundos de duração cada, não excedendo os dois minutos no total, por evento. Todos os “clips” publicados devem ser etiquetados com as redes sociais do campeonato.

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Foto: Lucas Oil Pro Motocross

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