AMA SX: A hora de afirmação de Marvin Musquin
Quando fizer 28 anos no próximo dia 30 de dezembro, Marvin Musquin estará muito perto de enfrentar aquele que seguramente será até ao momento o maior desafio da sua carreira no AMA Supercross 450. O piloto francês terá pela frente a hercúlea tarefa de substituir Dungey, homem que nos últimos três anos garantiu o título, na liderança da KTM.
Inicialmente com carreira construída no MXGP, onde foi campeão do mundo de MX2 em 2009 (bateu Rui Gonçalves) e 2010, Musquin mudou-se de armas e bagagens no ano seguinte para os Estados Unidos da América, onde depois do habitual período de adaptação a uma nova realidade em 2015 conquistou o título no AMA Supercross 250 Costa Este. O ano passado, enquanto rookie conquistou a sua primeira vitória na classe rainha. O salto qualitativo estendeu-se a 2017 onde terminou em terceiro no campeonato, sendo apenas superado pelos incontestáveis Eli Tomac e Ryan Dungey. Mesmo assim obteve duas vitórias e esteve no centro da polémica quando alegadamente na penúltima prova do ano, em Nova Jérsia, terá cometido um erro propositado na última volta da corrida para assim dar a vitória ao colega, Ryan Dungey, e beneficiar este na luta pelo título.
Polémicas à parte a verdade é que Marvin Musquin viu recentemente o seu contrato com a KTM ser renovado até 2019, naquela que é uma clara aposta no seu valor por parte da estrutura de Mattighofen, que em terras do Tio Sam é liderada pelo antigo piloto, Roger de Coster, no que diz respeito à competição. Para além disso segundo alguns relatos oficiais o gaulês irá contar nos próximos tempos com o apoio de Ryan Dungey, o que inegavelmente é um apoio de luxo.
Como já vimos estrutura de qualidade e habituada a vencer Marvin Musquin terá por perto. Resta apenas saber se Musquin tem o chamado ‘estofo de campeão’ para prolongar o recente legado de sucesso da KTM no AMA Supercross 450 Já se sabe que com Ryan Dungey e Ken Roczen de fora, muito provavelmente será o atual vice-campeão Eli Tomac o grande rival do piloto que em 2015 em representação da selecção de França venceu o Motocross das Nações. E bem sabemos o quão Tomac levou este ano Ryan Dungey ao limite como nenhum outro piloto conseguiu fazer.
A juntar a tudo isto, o piloto da KTM lutará contra a história ao perseguir o feito de Jean Michel Bayle, que no longínquo ano de 1991 tornou-se no primeiro e até ao momento único piloto europeu a conseguir sagrar-se campeão da principal categoria do AMA Supercross.
O tempo será encarregado de responder a estas questões…
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