AMA SX: A hora de afirmação de Marvin Musquin

By on 17 Maio, 2017

Quando fizer 28 anos no próximo dia 30 de dezembro, Marvin Musquin estará muito perto de enfrentar aquele que seguramente será até ao momento o maior desafio da sua carreira no AMA Supercross 450. O piloto francês terá pela frente a hercúlea tarefa de substituir Dungey, homem que nos últimos três anos garantiu o título, na liderança da KTM.

Inicialmente com carreira construída no MXGP,  onde foi campeão do mundo de MX2 em 2009 (bateu Rui Gonçalves) e 2010, Musquin mudou-se de armas e bagagens no ano seguinte para os Estados Unidos da América, onde depois do habitual período de adaptação a uma nova realidade em 2015 conquistou o título no AMA Supercross 250 Costa Este. O ano passado, enquanto rookie conquistou a sua primeira vitória na classe rainha. O salto qualitativo estendeu-se a 2017 onde terminou em terceiro no campeonato, sendo apenas superado pelos incontestáveis Eli Tomac e Ryan Dungey. Mesmo assim obteve duas vitórias e esteve no centro da polémica quando alegadamente na penúltima prova do ano, em Nova Jérsia, terá cometido um erro propositado na última volta da corrida para assim dar a vitória ao colega, Ryan Dungey, e beneficiar este na luta pelo título.

Polémicas à parte a verdade é que Marvin Musquin viu recentemente o seu contrato com a KTM ser renovado até 2019, naquela que é uma clara aposta no seu valor por parte da estrutura de Mattighofen, que em terras do Tio Sam é liderada pelo antigo piloto, Roger de Coster, no que diz respeito à competição. Para além disso segundo alguns relatos oficiais o gaulês irá contar nos próximos tempos com o apoio de Ryan Dungey, o que inegavelmente é um apoio de luxo.

Como já vimos estrutura de qualidade e habituada a vencer Marvin Musquin terá por perto. Resta apenas saber se Musquin tem o chamado ‘estofo de campeão’ para prolongar o recente legado de sucesso da KTM no AMA Supercross 450 Já se sabe que com Ryan Dungey e Ken Roczen de fora, muito provavelmente será o atual vice-campeão Eli Tomac o grande rival do piloto que em 2015 em representação da selecção de França venceu o Motocross das Nações. E bem sabemos o quão Tomac levou este ano Ryan Dungey ao limite como nenhum outro piloto conseguiu fazer.

A juntar a tudo isto, o piloto da KTM lutará contra a história ao perseguir o feito de Jean Michel Bayle, que no longínquo ano de 1991 tornou-se no primeiro e até ao momento único piloto europeu a conseguir sagrar-se campeão da principal categoria do AMA Supercross.

O tempo será encarregado de responder a estas questões…

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