MXGP, 2021: Cairoli: “Neste momento ainda não sei como estou”
Um dos maiores pilotos da era moderna do campeonato do mundo de Motocross entra na sua décima segunda temporada com a equipa Red Bull KTM Factory em 2021. Em treze anos de classe MXGP, Tony Cairoli só terminou fora dos três primeiros no campeonato em duas ocasiões: 2015 (7º) e 2019 (10º), ambas causadas principalmente por lesões.
Tony Cairoli começa 2021, novamente com a KTM 450 SX-F. O #222 persegue o seu décimo título FIM e, espera-se, que aumente o seu pecúlio de 92 vitórias em Grandes Prémios; a segunda maior quantia de triunfos na história da modalidade.
Fez uma pequena cirurgia no joelho no final de 2020 e começou a andar de moto no final de Fevereiro. Como está a sua condição física?
“O joelho está bem, e comecei a treinar com a moto, levando-a muito facilmente. Preferi dar prioridade ao trabalho físico na primeira parte da recuperação – não tanto na moto – e também porque havia alguma instabilidade quanto à data de início da temporada. Portanto, não havia necessidade de apressar. Mas, estou bem, estou a sentir-me bem.”
A grande questão para 2021: quando vai decidir se este é ou não o seu último ano nas corridas?
“É uma questão de resultados, claro, e de quão competitivo estarei na primeira prova. Este é claramente o meu objectivo neste momento. Quero ver se ainda posso melhorar, mas sei que é pouco provável que o nível de desempenho suba. Muito depende do meu estado e do joelho. Neste momento ainda não sei como estou (em rapidez e pilotagem) porque ainda não consigo realmente puxar a moto como gostaria devido a esta lesão. O ano passado foi muito difícil para mim, mas penso que se o meu joelho puder estar em melhor forma para 2021, então deverei ser capaz de lutar pelo campeonato.”
Foi mentor de Jorge Prado quando chegou à equipa e agora Mattia Guadagnini é o piloto júnior. Como tem trabalhado com ele e sabendo que a Itália tem agora uma grande perspectiva?
“Claro que Mattia tem neste momento uma grande pressão. Ele veio do Campeonato Europeu directamente para MX2 e com potencial para ser um dos três primeiros, tem muitas expectativas. Não vai ser fácil para ele. Já estive no seu lugar antes, mas tem corrido bem e ele tem trabalhado muito. Penso que as primeiras corridas serão complicadas, mas assim que ele tiver o fluxo, penso que os resultados virão.”
Há alguma coisa que gostaria de corrigir na sua KTM 450 SX-F para esta temporada?
“Não, até agora temos testado algumas coisas, mas como não tenho muito tempo de treino com moto ainda não estamos a 100% com peças técnicas. Para mim, é importante sentir-me melhor com o joelho e depois testar algo quando estiver a um melhor nível com a moto.”
E os rivais para 2021?
“Acho que veremos o mesmo tipo de nomes para o campeonato que vimos nos últimos dois anos, mas para as vitórias penso que há um grupo maior e mesmo novos nomes como Thomas Kjer Olsen e Ben Watson. Penso que está na altura do Jorge (Prado) mostrar as suas capacidades na busca do título e depois temos Tim (Gajser), Jeffrey (Herlings) e eu próprio. Seewer será muito competitivo e o Glenn (Coldenhoff) também.”
A sua habilidade em construir um campeonato é inigualável, pelo menos nos últimos 15 anos. Sente que ainda tem as condições para múltiplas vitórias em corridas?
“Penso que depende muito do meu joelho. No ano passado comecei a época e não estava pronto com o ombro e quando ele melhorou o joelho piorou! Assim, em 2020 não pude realmente dar o meu melhor. Se estou em boa forma, sei que ainda posso ir em busca de vitórias, mesmo que o campeonato seja o meu principal objetivo.”
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