MXGP, Lommel – Herlings (1º/5º): “Há uma semana pensava que o campeonato estava acabado”

O exigente terreno arenoso de Lommel não foi um obstáculo para o regressado Jeffrey Herlings, que produziu um desempenho heróico para terminar em 2º lugar no Grande Prémio da Bélgica, sexta ronda do campeonato do mundo de MXGP de 2021.

Afinal ainda há heróis! Menos de duas semanas após ter fraturado a omoplata esquerda num incidente de corrida no Grande Prémio da Holanda, e depois de ter ficado de fora da ronda checa há sete dias, Jeffrey Herlings optou por regressar no circuito histórico de Lommel. O Campeão do Mundo MXGP de 2018 dá-se bem com as pistas e quis manter viva a disputa pelo título de 2021. 

O valente holandês de 26 anos começou bem em Lommel, ficando a um décimo de segundo de garantir a Pole Position nos Treinos Cronometrados e depois ficou em 2º lugar na primeira volta da manga de abertura. Perseguiu Romain Febvre durante 10 das 15 voltas e manteve o seu ritmo para depois assumir a liderança e ganhar a sua terceira corrida consecutiva por um confortáveis 28 segundos. 

Na segunda corrida, Herlings teve o azar de se emaranhar com Glenn Coldenhoff três curvas após a partida. O incidente fez com que tivesse de recuperar desde os últimos lugares até ao quinto lugar, antes de ficar sem energia e impulso devido às dores no ombro. Ainda assim o 1-5 na corrida belga foi suficiente para conseguir o segundo lugar absoluto em Lommel e ter o 5º lugar no campeonato, a 42 pontos do 1º.

Jeffrey Herlings: “Não puxei muito nos treinos, mas tínhamos uma boa velocidade na moto e depois na primeira manga percebi que o Romain tinha um ritmo muito bom, por isso fiquei na expectativa e a poupar energias. Como todos sabem, parti a omoplata e não é normal voltar a andar de moto em treze dias. Não sabia se a minha velocidade iria desvanecer-se porque a pista era tão áspera e dura para o corpo. A dada altura, senti que podia andar mais depressa, passei o Romain e fiz uma brecha.” 

“Comecei bem na segunda manga – quarto ou quinto, mas juntei-me ao Glenn numa linha interior e colidimos. Foi uma pena ficar em último, mas lutei a recuperar até quinto e fiquei exausto. Não conseguia segurar tão bem a moto e não queria ter um grande acidente.

Há uma semana atrás pensava que o campeonato estava acabado, agora entendo que posso continuar à caça dos pontos e que tudo ainda é possível!”.