Supermoto: Thomas Chareyre conquista sétimo título mundial em Montalegre
Depois de se ter afirmado no panorama mundial do Ralicross, o Circuito Internacional de Montalegre estreou-se no passado fim de semana na organização de uma prova internacional de motociclismo, a Taça do Mundo FIM de Supermoto. O francês Thomas Chareyre conquistou o seu sétimo título mundial e elogiou a pista portuguesa.
Depois de ter sido palco do Campeonato da Europa FIA e Campeonato do Mundo de Ralicross, o Circuito Internacional de Montalegre construiu uma versão da sua pista para o Supermoto, a espetacular modalidade que mistura o motociclismo de velocidade e o motocross.
O objetivo final foi a organização da Taça do Mundo FIM de Supermoto, competição única que atribuiu o título de campeão do Mundo da modalidade da Federação Internacional do Motociclismo (FIM).
Numa organização da Câmara Municipal de Montalegre, com o apoio da Federação de Motociclismo de Portugal e do Clube Automóvel de Vila Real, a pista barrosã recebeu 25 pilotos oriundos de 10 países, entre os quais Portugal, que tinha sete pilotos em prova: Cristiano Fernandes, Nuno Pinto, Nuno Rêgo, Sérgio Rêgo, Hugo Silva, Filipe Marques e Ivo Grácio.
Num programa composto por três corridas, uma no sábado e duas no domingo, destacaram-se os grandes protagonistas do Campeonato da Europa da modalidade, o alemão Markus Class (Phoenix Racing Husqvarna) e o francês Thomas Chareye, piloto oficial da italiana TM.
Class começou por se impor na Corrida 1, mas Chareyre não deu hipótese à concorrência no domingo, ao vencer a Corrida 2 e a Corrida 3, em ambos os casos após forte réplica do seu grande rival alemão. Com estes resultados, Chareyre confirmou o estatuto de grande estrela mundial do Supermoto e chegou ao sétimo título mundial em Montalegre.
O francês foi acompanhado no pódio final por Class e pelo terceiro classificado, o compatriota Laurent Fath (MTR KTM Team). Já o jovem gaulês Nicolas Cousin (Phoenix Racing Team Honda) é o novo campeão do Mundo Júnior, título atribuído a pilotos que tenham até 23 anos de idade.
Entre o pelotão de sete portugueses em prova, o regressado Cristiano Fernandes (Yamaha), campeão nacional de Supermoto por 10 vezes, mas que estava sem competir na modalidade desde 2010, foi o melhor representante luso, no 16.º lugar final.
Nuno Rêgo (RêgoRacing Husqvarna) foi 18.º, o flaviense e ex-campeão nacional Nuno Pinto (Husqvarna) foi 19.º, seguido por Sérgio Rêgo (Rêgo Racing Husqvarna) no 20.º posto e pelo madeirense Hugo Silva (KTM) em 22.º. Com alguns problemas físicos, Filipe Marques (FM Motos TM) e Ivo Grácio (GG Motos Honda) também dignificaram as cores de Portugal e completaram a classificação nesta Taça do Mundo FIM de Supermoto.
Aposta da autarquia
O presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, estava satisfeito pela estreia do município transmontano entre a elite mundial do Supermoto, não descartando repetir a experiência com esta ou outra competição internacional em 2020.
“O balanço desta primeira edição é positivo, apesar de termos que, naturalmente, limar algumas arestas com o promotor para o futuro. Depois dos automóveis, as provas mundiais de motos também entram para a história do Circuito Internacional de Montalegre, que continua a valorizar e promover o nosso território dentro e fora das nossas fronteiras”, referiu Orlando Alves.
Já Thomas Chareyre, sete vezes campeão do Mundo e bicampeão da Europa, elogiou a pista portuguesa: “É uma sensação incrível ser campeão do Mundo depois de todo o trabalho que fizemos. Os pilotos não conheciam a pista de Montalegre, mas este circuito mostrou ter todas as condições para estar ao mais alto nível. Obrigado a todos pelo trabalho e pelo apoio”, agradeceu o francês, que já correu com estrelas do MotoGP como Marc Márquez ou Valentino Rossi.
Texto: Ricardo S. Araújo
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