Antevisão Silk Way Rally, 2021: A alta rotação pela Rota da Seda

By on 30 Junho, 2021

O Campeonato do Mundo de Cross-Country Rallies, segue já esta sexta-feira para a segunda ronda, o Silk Way Rally. Ao todo são 5.500 quilómetros e 10 etapas de renovados desafios, desde a Rússia à estepes da Mongólia, de 1 a 11 de julho. Após a vitória no Cazaquistão, Ross Branch (Yamaha) está no comando da competição, mas nunca participou na prova. Joaquim Rodrigues e Sebastien Buhler estão presentes com as motos da Hero Motorsports. 

A Rota da Seda era uma série de rotas interligadas através da Ásia do Sul, usadas no comércio da seda entre o Oriente e a Europa. Os carregamentos eram transportados por caravanas e embarcações oceânicas, que ligavam comercialmente o Extremo Oriente e a Europa. Hoje, este percurso vai em parte ser utilizado, para definir os melhores pilotos e máquinas na segunda ronda do campeonato 2021 de Cross-Country Rallies. O trajeto não será fácil, visto que se estende por dois vastos países, a Rússia e a Mongólia e apresenta 10 etapas consecutivas, cobrindo 5.500 km de Omsk até UlaanBaatar pela Rota da Seda. O percurso promete ser exigente, com troços de ligação mais curtos este ano, apenas 37% dos 5.500 km totais, e com 3.500 km de especial cronometrada.

As três primeiras etapas são realizadas nas florestas e trilhos de terra da Rússia, caracterizadas por um incrível piso, de acordo com os pilotos das edições anteriores do Silk Way. Os concorrentes seguem depois para as vastas planícies da Mongólia, onde dorrem os sete dias restantes, incluindo uma cansativa etapa maratona, que percorre as trilhas abertas e rápidas das estepes da Mongólia, antes de terminar na capital do país em 11 de julho.

Detalhes do percurso

A cidade de Omsk sediará as verificações e verificações administrativas e o pódio de partida para o Rally da Via da Seda de 2021 de 30 de junho a 1º de julho.

Os competidores então terão duas etapas no coração da Sibéria Oriental e na Taiga russa, antes de enfrentar as paisagens montanhosas de Altaï e as suas pistas mais técnicas para a última etapa na Rússia.

Sete etapas na Mongólia Ocidental

Uma mudança de cenário vai dar-se na passagem para a 4ª etapa, a primeira das sete etapas na Mongólia. Os participantes vão descobrir o “País do Céu Azul”, num percurso com trajetos mais curtos e etapas especiais mais longas, alternando entre montanhas, lagos, vastas estepes e dunas de areia. Os organizadores prometem todos os ingredientes do rally cross-country – navegação, distância, pistas rápidas e técnicas no imenso país de Genghis Khan.

O Rally termina no dia 11 de julho na capital da Mongólia – Ulaanbaatar, que é a capital mais fria do mundo

Uma última nota para este aspeto: o Silk Way Rally – Rota da Seda, é classificado como um rally maratona, o que significa que os pontos habituais que são atribuídos na chegada são multiplicados por 1,5. Isso torna extremamente importante garantir um bom resultado para disputar as honras do campeonato no final da temporada.

As forças em presença

Em relação à lista de inscritos para esta edição – nela estão os pilotos que podem tirar vantagem do bónus extra nos pontos – há algumas ausências. Alguns candidatos importantes, como o campeão do Dakar Kevin Benavides e o detentor do troféu do Silk Way Sam Sunderland, estão de fora devido a lesões. Outros devido ao não comprometimento com o campeonato mundial por parte dos fabricantes – como os pilotos da Honda.

Isso não significa que a lista reduzida de pilotos não seja de qualidade, uma vez que a KTM, Yamaha GASGAS, Husqvarna e Hero Motosports, todas apresentam potenciais vencedores. Na KTM, Matthias Walkner invulgarmente será o único piloto. O austríaco chega à Rússia depois de um bom segundo lugar na primeira jornada do no Cazaquistão, e a sua forte regularidade pod ser um trunfo numa prova tão longa como esta. Daniel Sanders na GASGAS, é o único piloto de vermelho e vai voltar a tentar melhorar a sua aprendizagem no rali. O desconhecimento do terreno, a par de um maior impetuosidade própria da sua idade, pode ser um contra na evolução durante o rali, mas tem todas as chances de brilhar numa ou noutra etapa.

Skyler Howes e Luciano Benavides vão representar a Rockstar Husqvarna, e nesta prova, o norte-americano pode mesmo ‘explodir’ na luta pelos primeiros lugares. A Yamaha e a Hero Motosports estão a juntar as equipas mais fortes com três pilotos em cada formação. 

A Monster Yamaha Rally Team, teve um Rally do Cazaquistão muito sólido com Adrien Van Beveren, Andrew Short e o vencedor da primeira prova Ross Branch. Foi um regresso promissor da formação azul após o triste Dakar de 2021. Porém, o Silk Way Rally certamente será um teste mais exigente para os pilotos das Yamaha 450 Rally. Branch, pela regularidade mostrada no Cazaquistão, se não tiver problemas de navegação ou mecânicos, pode ser um osso duro de roer para os adversários.

A Hero Motosports Rally Team também está em força e também precisa resolver problemas de consistência com os pilotos Joaquim Rodrigues, Sebastien Buhler e Franco Caimi.

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