MXGP: A carreira de Clément Desalle
Clément Desalle conta já com 14 Grandes Prémios e, numa altura em que todo o mundo está praticamente parado, nomeadamente em termos desportivos, é tempo de olhar para a carreira do piloto belga e para aquilo que já fez em na temporada de 2020.
Tem apenas 30 anos de idade mas já completou nada mais, nada menos do que 14 temporadas no Campeonato do Mundo de MXGP. Um piloto com um estilo de condução elegante, mas destemido, que se juntou aos grandes com apenas 16 anos, saltando imediatamente para as motos 450cc. O caminho foi duro mas Desalle nunca baixou os braços e ainda hoje compete contra os melhores do mundo.
Foi na quarta temporada com a elite mundial que venceu em dois Grandes Prémios no final da temporada para conquistar a sua primeira medalha de bronze com o terceiro lugar na classificação final do campeonato. No total, já somou sete medalhas: cinco no campeonato mundial individual, uma medalha de ouro com a Bélgica na competição anual por equipas, o Motocross das Nações e outra individual no mesmo evento.
Desde muito cedo que ficou clara a força e resistência que têm sido a marca da ilustre carreira do piloto belga. Uma situação em particular em que Desalle desafiou as leis da medicina aconteceu quando arriscou tudo ao participar numa corrida poucas semanas após ter fraturado um braço. O piloto construiu a temporada com tão bons resultados nesse ano que acabaria por regressar às vitórias ainda antes do final do verão, ímpeto esse que levou para 2017, com vitórias consecutivas nos Grades Prémios de França e da Rússia. No entanto, uma vértebra fraturada na penúltima ronda acabaria por o obrigar a ficar de fora do campeonato, acabando assim por falhar por pouco o pódio final e com ele mais uma medalha.
Em 2018, Clément Desalle voltou a colocar-se no caminho certo para uma medalha de bronze no campeonato que, no final, conseguiu conquistar. No ano seguinte, as coisas pareciam estar a correr bem, mas o otimismo que carregou da época anterior acabou por não levar a um resultado positivo. Isto, porque uma queda bastante aparatosa deixou o belga com uma entorse no tornozelo e uma dupla fratura na perna, que o obrigou a ficar de fora da restante temporada.
A boa recuperação significou que Clément Desalle pôde voltou a andar de moto no outono, tendo conseguido assim desfrutar de um inverno de treinos e testes intensivos com o pessoal técnico e parceiros da KRT para se adaptar à KX450-SR.
Depois de a temporada de 2020 ter sido obrigada a fazer uma pausa forçada depois de apenas duas rondas terem sido realizadas, Desalle está em quarto lugar na classificação geral por pontos do MXGP. Esta é, certamente, uma posição que o deixa satisfeito e confortável para poder atacar nas próximas corridas que, infelizmente, não sabemos ao certo quando deverão acontecer devido à volatilidade da situação atual.
_
Foto: Facebook Clément Desalle
0 comentários