MXON: A penalização de 10 lugares que quase acabou com as esperanças italianas

By on 27 Setembro, 2021

A Itália ganhou a edição de 2021 do Motocross das Nações graças a uma decisão controversa.

O país anfitrião partiu para a última manga do dia na liderança da classificação provisória mas, logo no arranque, deu-se o “caso” da corrida.

O que aconteceu?

Alessandro Lupino arrancou do lado exterior e, naturalmente, foi “empurrado” para o “relevê” na primeira curva. O transalpino não conseguiu travar a tempo e saiu de pista.

Em vez de regressar à pista no local em que saiu – tal como estipula o regulamento – o piloto da KTM optou por fazer toda a recta do “pit lane” por fora da pista, retomando a corrida na curva seguinte na 7.ª posição.

O que diz o regulamento?

O ponto 2.10 do regulamento da Federação Internacional de Motociclismo para o Mundial de MXGP e para o Motocross das Nações diz o seguinte:

“Os pilotos devem usar apenas a pista que está marcada. Contudo, se acidentalmente saírem de pista, podem continuar a uma velocidade muito reduzida, não acelerando de forma perigosa, até poderem reentrar de maneira segura. Devem reentrar na pista sem ganhar vantagem no ponto mais próximo possível do sítio de onde saíram.”

O regulamento prevê ainda que “a penalização a aplicar a um piloto que ganhe vantagem numa saída de pista é a perda do número de posições ganhas enquanto estava fora de pista, mais uma posição adicional nos resultados finais da corrida em questão.”

A penalização é justa?

10 posições pode não ser considerado um número justo quando a situação aconteceu em pleno arranque, ou seja, com o pelotão de 40 pilotos praticamente todos juntos.

Mas algo é certo: Lupino retomou a corrida no 7.º lugar, algo que jamais aconteceria se tivesse regressado à pista no sítio onde saiu. Não há dúvidas que o italiano teria saído da primeira curva na última posição caso tivesse cumprido e regulamento.

O que fez Alessandro Lupino quando soube que poderia ser penalizado?

A cerca de cinco minutos do fim, Lupino afirma ter ouvido o “speaker” da corrida a falar numa penalização de 10 posições por ter “cortado” a pista. O n.º 48 recebeu de imediato indicações da sua equipa de que teria que ultrapassar mais dois pilotos até ao fim.

E aqui há que dar o mérito ao transalpino. Com uma pressão do tamanho da Itália nos seus ombros, o piloto da KTM deu tudo o que tinha e o que não tinha… mas ganhou as posições que precisava e deu ao seu país a primeira vitória no Motocross das Nações desde 2002!

A partir dos 3m20s pode ver o momento em que Alessandro Lupino saiu de pista
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