Mário Patrão: “Terminar entre 18º e 22º seria bom”
Pluricampeão nacional de todo-o-terreno, Mário Patrão tem no Dakar o maior desafio da sua época desportiva desde a estreia em 2013. A caminho da sua quarta presença consecutiva, a navegação continua a ser o maior handicap do piloto de Seia que este ano se apresenta com novas cores à partida do evento sul-americano.
Depois de três edições aos comandos de uma Suzuki, a opção para 2016 recaiu numa KTM. Segundo o piloto: “A marca tem disponível uma moto para clientes, do género competição-cliente mas específica para ralis. Penso que a moto é bastante boa. O ponto forte é o motor e também a estabilidade a alta velocidade. Claro que isso requer habituação, coisa que ainda não tenho, mas o Dakar é muito longo e a ideia é ir melhorando dia após dia. Não andei muito com a moto, apenas cerca de 400 km, porque ela só chegou em novembro.”
Sem tempo para rodar apropriadamente, Mário Patrão irá competir mantendo as especificações de fábrica na sua KTM. “Adquiri-a porque, à partida, é uma moto que me dá alguma confiança, mas vamos ver. A ideia não era modificar nada, gostava apenas de ter afinado as suspensões, mas nem isso consegui fazer porque a moto chegou muito em cima e depois também não tinha uma base nem tempo para testar”, explicou Patrão que alugou uma assistência para o evento, porque “para quem tem poucos recursos financeiros isso é o modo mais fácil para se participar.”
Tendo dois 30º lugares no currículo, o piloto sob a fasquia para a próxima edição. “Vou sempre com um orçamento limitado, não sou piloto oficial, mas os objetivos passam por terminar e fazer boas etapas. Se conseguisse isso um bom resultado final seria melhorar aquilo que fiz nos outros anos, (…) mas penso que entre o 18º e 22º seria bom, uma vez que temos 30 pilotos oficias que têm um orçamento bastante elevado comparado com o meu.”
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