Nuno Gonçalves: “Voltei a sentir o formigueiro na barriga antes da grelha baixar”

By on 8 Agosto, 2019

Atualmente dedicado ao Enduro depois de alguns anos de paragem na competição, Nuno Gonçalves decidiu “matar saudades” do Supercross ao participar com a sua Sherco 300. Depois de alcançar o 5.º posto em SX1 e o 16.º em Elite, o piloto de Condeixa falou connosco sobre este seu regresso às origens.

Como correu para ti o Supercross da Poutena?


“A prova correu dentro dos objetivos, que era divertir-me e não me magoar. A nível físico foi muito duro para mim, visto não ter feito qualquer tipo de preparação específica para esta corrida.”

O que sentiste neste regresso ao Supercross?


“O SX sempre foi a minha “praia”. Foi um pouco nostálgico pois revivi todos os bons e menos bons momentos que passei. Voltei a sentir o formigueiro na barriga antes da grelha baixar. É difícil descrever o sentimento que tive mas, resumindo em poucas palavras, foi voltar a fazer o que sempre quis para a minha vida, uma sensação de completa felicidade, alegria e diversão em cima de uma moto.”

O que achaste do nível do campeonato nacional face à última prova que tinhas feito?


“Sinceramente, acho que diminuiu a nível de pilotos, no entanto vê se alguns jovens a crescer de dia para dia, o que deixa boas indicações para o futuro da modalidade. Em relação ao circuito da Poutena, demonstrou ser acessível a todos os níveis, sendo que um piloto mais lento conseguia fazer as sequências e até os saltos mais longos, sem colocar a sua integridade física em risco.”

Vais participar em mais alguma prova de Supercross este ano?


“Este ano não voltarei mais às pistas de SX. Apenas fiz esta prova na Poutena porque tem um grande significado para mim. Foi aqui que obtive a minha última vitória em Supercross, na classe SX2 em 2009 pela Suzuki Cepsa Motogomes.”

Apesar se estares a competir em Enduro, qual a tua modalidade favorita?


“Sinceramente não tenho preferência. Gosto de me divertir e ter prazer em cima da moto e, neste momento, consigo fazer isso no Enduro e no MX. No entanto, foram 14 anos seguidos no MX e as minhas raízes estão lá. O Enduro é uma modalidade que estou a descobrir e que me está a cativar de dia para dia.”

Regressaste este ano à competição depois de muitos anos de ausência. A quem gostarias de agradecer?


“Agradecer principalmente ao Litó Rodrigues. Sem a sua persistência e apoio incansável, eu não tinha voltado a fazer provas, quer de Enduro, quer agora de SX. Obrigado ao Rui Reis da RRWORKS, ao Góis Moto Clube, ao Tiago Santos da Sherco Portugal, ao Fábio Guerreiro da Rocket Store e ao Francisco Miguens da Fm_Technics, grande amigo que me apoiou em tudo o que pôde. Também um agradecimento ao Hugo Natário e a toda a minha família que sempre fizeram de tudo para que este projecto fosse uma realidade.”

(Foto: Luís Duarte/FMP)

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