Dakar 2019, 2ª etapa: como estiveram os portugueses?

By on 8 Janeiro, 2019

No pelotão da frente e inserido na equipa oficial Monster Energy Honda Team, Paulo Gonçalves  confirmou não estar em forma após a intervenção a que foi sujeito há algumas semanas para retirar o baço.

É uma infelicidade para o piloto português que tão bem se preparou ao longo do ano para poder ganhar o Dakar em 2019. Na verdade o acidente que causou a intervenção aconteceu numa prova do Campeonato Nacional de Rally Raid em  meados de Dezembro e que nos faz sempre pensar que tipo de riscos se devem correr em treinos ou provas a menos de um mês do Dakar….Se se trabalha ao longo de todo um ano para o Dakar, pois esta é que é a prova que interessa…não se compreende sequer que façam provas a tão curta distancia temporal. Aliás, talvez valha a pena lembrar que Paulo Gonçalves não participou no Dakar de 2018 precisamente pela mesma razão. Podemos considerar “azar”, ok é verdade que foi pouca sorte, mas se estas contrariedades acontecem mesmo, então porque não tomar precauções para as evitar em momentos tão próximos do Dakar que não permitem um prazo suficiente de recuperação em caso de lesão grave…

Voltando à etapa de hoje, Paulo Gonçalves nunca esteve no ritmo dos primeiros e perdeu terreno regularmente desde o inicio da etapa. Ou seja nunca esteve melhor que 9º, e terminou em 11º, a mesma posição da qual partiu.

Seria optimo se Paulo Gonçalves estivesse em condições de ir recuperando de dia para dia.

O 2º português foi Mario Patrão inserido na equipa oficial KTM e fez hoje uma excelente operação partindo de 38º da geral e chegando em 23º, subindo assim 15 posições numa só etapa.

Á chegada, Mario Patrão estava feliz:

“Hoje a especial foi super longa, senti que começo a ganhar o feeling correto na navegação. Como partimos depois dos carros tivemos imensos quilómetros de fesh fesh, o que dificulta sempre a visibilidade. Imensos quilómetros sem um único ponto de referência visível! Naveguei de forma coesa e consegui subir na tabela, como pretendia, amanhã será outro dia de luta”, refere o piloto.

Depois em seguida vem  Joaquim Rodrigues em 34º. O piloto oficial da equipa Hero teve um comportamento inverso ao de Mario Patrão, tendo partido de 23º, perdeu precisamente 11 posições numa só etapa. Alguma coisa terá acontecido no inicio da etapa a Jay-Rod, mas á hora de fecho deste artigo ainda não nos foi possível saber o que e passou.

Partindo de 23º lugar, J. Rodrigues já passou em  46º no WP1, o que nos faz pensar que poderá ter tido uma queda ou qualquer problema que o atrasou logo de inicio. Em WP3 seguia em 56º e depois conseguiu recuperar bastante para terminar em 34º.

Relembramos que o piloto sofreu na prova do ano passado, um terrível acidente num enorme salto numa duna que não viu e caiu positivamente a seco de muitas dezenas de metros. É também possível que Joaquim Rodrigues tenha decidido adoptar uma toada cautelosa, numa fase em que a sua preparação física se deverá ainda ressentir deste extenso período de inatividade.

António Maio é o português que se segue e terminou a etapa no26º, e é agora o 34º classificado depois de partir de 42º

Depois vem David Megre que aos comandos da sua KTM  fechou o longo dia na 39ª posição e com a prestação assinada colocou as cores do Municipio de Coruche cinco posições acima face ao dia de abertura, ascendendo igualmente ao 39º posto da classificação geral, posição que lhe vale ser o quinto melhor entre os lusos.

“Foi um dia longo e com muito trabalho ao nível da navegação mas correu tudo muito bem. Já sabia que tinha que ter especial atenção à navegação e tirei partido de todos os treinos que fiz nessa área sem exagerar para não falhar. Senti-me bem e confortável com as dunas e subir cinco posições é positivo. Mas estamos ainda numa fase muito inicial da prova e sabemos que ainda temos maiores dificuldades para ultrapassar.” comentou o piloto da Jetmar já no ‘bivouac’ e a preparar a terceira etapa da prova, que ligará San Juan de Marcona a Arequipa, novamente com mais de 300 quilómetros de especial.

A seguir aparece Sebastian Buhler que terminou em 43º, tendo perdido varias posições e estando ainda numa fase muito prematura da sua adaptação ao deserto e á navegação….para ele é tudo novo, mas não duvidamos que quando a experiência chegar, a velocidade vai lá estar, para nos dar alegrias….apesar de correr com as cores alemãs…

No final da lista vêm Hugo Lopes (86º) e Miguel Caetano (91º) e sobre os quais não temos qualquer informação.

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