Daniel Jordão: “Gosto de todas as provas, quero é dar gás!”

By on 16 Abril, 2020

20 perguntas de resposta rápida foi o desafio que colocámos a Daniel Jordão, o campeão nacional de TT Absoluto!

Data e local de nascimento?

“21 de Outubro de 1980 na Figueira da Foz.”

Na escola, eras um aluno bem comportado?

“Na primária não era, propriamente, um miúdo muito bem comportado, mas depois tive que começar a entrar na linha senão tinha problemas em casa…“

O teu passatempo preferido?

“Gosto muito de andar de bicicleta e tudo o que esteja relacionado com desportos motorizados.“

Fora das motos, que outro desporto acompanhas como fã?

“Gosto muito de acompanhar o Campeonato do Mundo de Rally. Acho que são pilotos com capacidades extraordinárias, quer pela exigência física, pela extensão do campeonato, quer pela diversidade de pisos e condições onde as corridas são realizadas.”

Se não fosses piloto, qual o desporto que escolhias para fazer competição?

“Gosto muito de downhill. Cheguei a fazer algumas corridas quando era mais novo.”

Para ti, o mais importante na vida é…

“O equilíbrio! Claro que dois factores importante são a felicidade e ter saúde. O ser humano é o eterno inconformado.”

Se um dia pudesses ser uma estrela mundial, quem escolhias ser?

“Por ser Português, pela conta bancária, pelo atleta de excepção que é, pelas origens humildes, poderia ser o Cristiano Ronaldo. Não percebo nada de futebol mas admiro bastante este grande do desporto.“

Qual foi a primeira prova da tua carreira?

“Fiz algumas corridas ‘piratas’ antes, mas a primeira a sério foi o Enduro de Ourém na Classe Verdes com uma 125. Foi uma emoção enorme e ainda hoje me recordo como se fosse hoje. Só de saber que estava a fazer trilhos onde os meus ídolos estavam a passar, por mim já valia o esforço. Acabei por penalizar 10 minutos por avanço o que fez estar nos controles horários junto com os Consagrados. Eu todo contente e eles a olharem para mim de lado a pensar que raio estava eu a fazer ali no meio….”

Qual o teu número preferido? Porquê?

“O 17 foi o número que utilizei nos últimos anos por ser o dia de aniversário da minha filha.“

Ídolo a nível nacional?

“Tenho várias referências, mas o piloto que mais reconheço de uma forma geral é o Hélder Rodrigues. Consegue reunir uma grande dose de talento, sempre pronto a ajudar o próximo e a passar conhecimentos, com muito bons conhecimentos mecânicos, espírito de sacrifício sempre a trabalhar no duro. Outros dois nomes que muito trouxeram ao desporto motorizado no fora de estrada e que vejo como ídolos foram o Paulo Gonçalves, como o Rui Gonçalves (que ainda nos vai dar muitas alegrias e sucesso internacional).”

Piloto preferido a nível internacional?

“A nível internacional tenho várias referências. Ken Roczen, Antonio Cairoli, Jorge Prado, Valentino Rossi, Josep Garcia ou Graham Jarvis.”

A prova que mais gostas?

“No TT o Portalegre é “a corrida”! Podes ter corridas com pistas fabulosas como Góis ou Idanha a Nova mas nada bate o público da Baja de Portalegre! É mágico…
Também gostei muito de fazer a Extreme Lagares, o povo do Norte também vibra muito com as corridas. Dificilmente tens provas onde tens tanta gente a puxar por ti, tão próximo de ti e onde tu estás a velocidades muito baixas ou mesmo parado.“

A prova que menos gostas?

“Gosto de todas! Quero é dar gás!”

Como piloto, diz-nos um ponto forte e um ponto fraco teu?

“Psicologicamente sou bastante forte. Para mim o ponto mais fraco, sem dúvida, são as capacidades de condução. Faltou-me a escola do MX ou do Trial e poderia ter começado a andar de moto mais cedo (comecei com 18 anos).”

Quem é (ou foi) a pessoa mais importante na tua carreira?

“Neste momento, sem dúvida alguma, o Mário Franco. Devido a ele estou de volta às corridas de uma forma mais séria.
Mas felizmente ao longo dos meus anos ligados a este Mundo, tive a sorte de sempre ter pessoas que muito me ajudaram, a maior parte deles a quem hoje posso chamar de Amigos. As amizades que se criam na competição é do melhor que podemos retirar das corridas.“

Imagina que te era dada a hipótese de treinar um dia inteiro com qualquer piloto nacional ou mundial. Quem escolhias?

“Como estou mais ligado ao TT, gostaria muito de treinar com o Hélder Rodrigues para ver se me ensinava a navegar (andar de moto como ele é impossível).“

Tens alguma superstição ou ritual antes de começar uma corrida?

“Penso sempre o equipamento que vou usar por este trazer boas recordações ou por ter caído forte com ele. Mas tento lutar contra e deixar que não me afecte muito, senão a Motoni fica sem equipamentos à minha conta…” (Risos)

Até hoje, qual foi a corrida da tua vida?

“O Portalegre de 2019 foi a corrida mais importante da minha vida devido ao título que estava em jogo.“

Qual o jovem piloto que achas que pode vir a ser uma futura “estrela” da modalidade?

“No TT temos felizmente vários pilotos com possibilidades de vingar no futuro, donde obviamente destaco o meu colega de equipa Martim Ventura assim como o Gonçalo Amaral. Estão a fazer as coisas bem feitas, são pilotos com grandes capacidades e rodeados das pessoas certas. Claro que para nós Portugueses é difícil dar um salto internacional devido aos custos daí inerentes.“

Se te dessem a possibilidade de testar uma moto de um piloto de fábrica (da atualidade ou do passado), que moto escolhias?

“A Yamaha de Adrian Van Beveren. Talvez se pedir com jeito ao Pedro Almeida pode ser que ele me deixe dar uma volta”. (Risos)

Que corrida ou campeonato sonhas um dia ganhar?

“Baja de Portalegre.”

A quem gostarias de agradecer?

“Não referindo todas as pessoas que como me disse ajudaram em anos transactos, tenho muito a agradecer este ano ao Mário Franco, dono da Franco Sport e do concessionário que me apoia, a BlueMotor localizada em Santarém, ao Dr Filipe da Yamaha Portugal aos irmãos Gouveia da CrossPro, ao António Silva da Motoni, ao Saul Pereira da Plushcraft, à AQD Graphics, à Polisport, à JN Seat Covers, Alves Bandeira Tyres, MotoImpek, ao Góis Moto Clube e à FMP.“

(Foto: A2 Comunicação)

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