Pedro Bianchi Prata: “O Dakar precisa de se mudar”

By on 16 Dezembro, 2015

Aos 41 anos Pedro Bianchi Prata vai realizar a sua oitava participação na mítica maratona do TT mundial, o Dakar. Ausente em 2015 – somente presente como team manager da sua equipa – o piloto regressa à prova apresentando-se ao volante de uma Honda CRF450 R com um KIT RALLY por si desenvolvido.

Antevendo a próxima edição, o piloto português apresentou uma visão curiosa sobre o atual formato da prova na América do Sul: “Já passámos na Bolívia mas acho que vamos ter uma parte nova com alguma areia e dunas, de resto, acho que vamos passar mais ou menos pelos mesmos sítios dos outros anos. Espero que o Marc Coma (ndr. atual diretor desportivo) traga algumas novidades para a prova porque o Dakar tem estado a ficar muito monótono com os caminhos a repetirem-se muito. Fiz todos os Dakar na Argentina, exceto o do ano passado, e quando olhava para o road book já sabia o que ia ter pela frente no dia seguinte. Espero que este sangue novo do Marc Coma traga algumas novidades para a prova e que dê um alento e motivação novas aos pilotos para fazerem coisas diferentes.”

A manter-se o atual figurino, a mudança para outras paragens seria era vista com bons olhos por Pedro Bianchi Prata. “Na minha opinião o Dakar precisa de se mudar porque está já a ser muito mais do mesmo. Na Argentina já está tudo um pouco esgotado, já sabemos que vamos passar nas dunas de Jujuy e Fiambala e eles não têm muito mais por onde inventar. Os caminhos estão bastante deteriorados de tantas passagens e depois não são arranjados de um ano para o outro. Estou com esperanças que o Marc Coma tenha feito algumas alterações e que este ano haja mais navegação, com way points difíceis e algumas coisas diferentes. Mas mesmo que ele queira fazer algumas coisas diferentes não vamos sair destes sítios em que andamos desde 2009. Apesar de haver muitos sitíos eles estão sempre limitados devido às partes ecológicas. Além disso temos de passar em cidades chaves para termos o bivouac naqueles sítios, porque a cidade pagou para isso e temos ligações gigantes”, explicou o piloto luso.

Já em termos pessoais: “O objetivo principal é levar a CRF ao final e mostrar a fiabilidade do nosso KIT, mas quero melhorar o meu resultado pessoal e vou lutar por um lugar no top 25”, finalizou o piloto.

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